
Um missionário da conciliação
Se há um tipo de político que faz falta no Brasil de hoje, ele é encarnado por Marco Maciel que morreu ontem aos 80 anos, depois de uma longa enfermidade.
Se há um tipo de político que faz falta no Brasil de hoje, ele é encarnado por Marco Maciel que morreu ontem aos 80 anos, depois de uma longa enfermidade.
Os últimos dias revelaram dados concretos para confirmar o que já se intuía: Bolsonaro é um personagem político que se movimenta mais à vontade nas sombras, à margem das instituições oficiais.
Em mais um movimento que comprova como estamos regredindo como nação, mal conduzida em anos recentes e de maneira calamitosa desde o início do governo Bolsonaro, agora é o futebol que mobiliza o governo federal de maneira completamente equivocada.
O arquivamento do processo de indisciplina contra o General Eduardo Pazuello, sob pressão do presidente Bolsonaro, foi um erro do Comandante do Exército, General Paulo Sérgio Nogueira, gerou insegurança e alimentou suspeitas de que o Exército sucumbiu a um projeto autoritário que está em curso.
Ao pedir que o ministro da Defesa Fernando Azevedo Silva se demitisse, o presidente Bolsonaro se queixou de que não tinha respaldo político por parte de seus ministros militares.
Embora o vice-presidente Mourão tenha falado que a nomeação do general Pazuello como secretário de Assuntos Estratégicos não irá interferir na sua punição, o ato é uma maneira de o presidente Bolsonaro mandar um recado para o Exército.
Aparentemente, não foi preciso subornar ninguém para trazer a Copa América para o Brasil
Como todo populista, Bolsonaro acha que fazer Copa do Mundo, Copa América e outras competições aqui é bom para a imagem dele, então vai fazer.
Um dos momentos mais marcantes da história do Globo foi capitaneado por Milton Coelho da Graça, então editor-chefe.
A esquerda brasileira está diante de um paradoxo que pode derrota-la ao promover passeatas como as de ontem, por todo o país, contra o governo Bolsonaro.
O vice-presidente general Mourão foi punido quando, comandante do Leste, se manifestou politicamente.
Estamos vivendo um cabo de guerra entre a anarquia e a hierarquia dentro das Forças Armadas, especialmente no Exército.
A maioria dos juristas que têm se pronunciado sobre o assunto acha que o Congresso não tem condições de convocar o presidente da República à CPI.
Bolsonaro está levando os militares a uma situação limite, como, aliás, fez constantemente enquanto estava na ativa.