Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Favas contadas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/11/2005

    É raro o dia em que, ao abrir minha caixa eletrônica, não encontre, ao lado de esculhambações diversas e merecidas, o pedido de gente aflita, recorrendo ao cronista em busca de uma solução para as coisas que estão acontecendo no Brasil e no mundo.

  • Palocci em questão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/11/2005

    No meio de chuvas e trovoadas, característica da crise política que envolveu o Brasil, vemos que um setor do governo está sendo protegido pela conduta do ministro Palocci e das autoridades que compõe a sua área, como a presidência do Banco Central.

  • A biblioteca do Século XXI

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 13/11/2005

    O Brasil passou a contar, a partir de setembro de 2005, com a sua mais moderna biblioteca inteligente, de início prevista para dispor de livros de filologia, mas depois se espraiando para outras áreas importantes do conhecimento, como é o caso da história, da literatura e do que chamamos de "brasiliana", livros basicamente destinados a contar e recontar o nosso País.

  • Admirável futebol novo

    O Globo (Rio de Janeiro), em 13/11/2005

    Sou craque do passado, como sabem os persistentes e pacientes leitores desta coluna. Hoje em dia nem as posições dos times têm mais nomes fixos e todo dia aparece uma especialidade como, vamos dizer, “ala volante avançado rotativo”, que ninguém sabe o que é. Comecei na ponta direita, mas minha única jogada era dar um chutão para a frente perto da linha lateral e sair correndo atrás da bola (eu corria bem, esse negócio de o capenguinha me pegar no calçadão é porque ele pega qualquer um), para ver se a alcançava e conseguia centrar. Logo me puseram na posição mais ou menos equivalente à de zagueiro hoje em dia. Eu era beque direito no time de Itaparica contra os veranistas, de inesquecível trio defensivo: Nego Tóia, Delegado e Chico Gordo. Delegado era este ex-atleta que lhes fala.

  • Água de barrela

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 13/11/2005

    Dou um doce, dou uma tonelada de doces a quem souber contar direitinho, com algum sentido e sem nenhum preconceito, tudo o que está havendo em matéria de escândalos na vida pública. Poderia parecer um samba do crioulo doido, mas é bem mais do que isso. Na sátira do Ponte Preta, os fatos amontoados eram remotos, misturava Tiradentes, JK e Pedro Álvares Cabral, era um samba realmente doido, mas tinha lá seu método.

  • Efeitos e causas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/11/2005

    Francamente, é duro um profissional da mídia voltar-se contra ela, acusando-a de comer mosca em dois casos que irritam e envergonham a sociedade, esponjando-se num tipo de espetáculo que funciona em telenovelas ou romances de costumes, mas só agrava a realidade da crise que atravessamos.

  • Dinheiro de Cuba e ouro de Moscou

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/11/2005

    O avanço desses meses só mostrou a recorrência dos reflexos obsoletos de abate do presidente nos jogos de instabilidade que se permita ainda um status quo. Recuaram, a seguir, no apelo ao impeachment, mantido como não tão obscuro objeto do desejo permanente e de uma oposição, a experimentar, pela primeira vez, o alijamento do poder. Todo novo apelo a um dito dossiê "arrasador", como o do dinheiro cubano, volta à tona da primeira investida, borzeguins ao leito, da fantasia e da provocação. A meta, sim, é a do corte de toda proposta de reeleição e a troca por um fim de mandato descolorido e inerte de uma Presidência refém de que não se peça agora o seu impedimento.

  • Duas américas

    Folha de São Paulo (SP), em 11/11/2005

    A expressão "duas Américas", do título deste artigo, comporta dois distintos sentidos. Significa, no seu sentido mais amplo, que o mesmo nome "América" abrange duas realidades, não apenas geograficamente diferentes mas, sobretudo, culturalmente diversas. Utilizar uma designação comum para as duas Américas é um artifício verbal que se destina a camuflar a profunda diferença que separa a América do Sul da do Norte, de sorte a facilitar o predomínio desta sobre aquela.

  • Minha comadre Nazareth

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/11/2005

    Em 1961 , eu estava na ONU, na delegação brasileira presidida por Afonso Arinos de Melo Franco e composta por Gilberto Amado, Antonio Houaiss, Araújo Castro, Guerreiro Ramos, Josué de Castro e outros.

  • Jean-Paul Sartre e o colesterol

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/11/2005

    "Depois de Sartre, quem?" foi a manchete de um jornal francês para apresentar os possíveis candidatos a ocupar o lugar do autor de "A Náusea", morto em 1980 e cujo centenário de nascimento está sendo comemorado este ano. A relação apresentada pelo "Le Matin de Paris" incluía todos os intelectuais que ameaçavam conquistar a "pole position" que, de um modo ou outro, pertencera por formação e linhagem à cultura francesa. Foram citados, entre outros, mas sem muita convicção, Bourdieu, Garaudy, Derrida, Lévy-Strauss, Merleau-Ponty, Foucault, Debray etc.

  • Em programa televisivo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/11/2005

    Convidado do vitorioso programa Roda Viva , da Rede Cultura, o presidente Lula respondeu ao que lhe foi perguntado na sede do governo. Todas as questões submetidas ao presidente foram longamente ponderadas, inclusive pela sua repercussão de opinião pública, pois a entrevista transcorreu numa situação anômala, sob intensa crise, que é essa em que se encontra a Nação. O presidente Lula tem suficiente desembaraço para enfrentar foros como o Roda Viva e sair-se bem do encontro como ele se saiu, pois por quanto não se comprometeu. Fez muito bem a direção do programa em convidá-lo, dando-lhe a cena máxima do presente, que é a televisão, em um programa de altíssimo conceito.

  • Guerra geral

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/11/2005

    O século 21 mal está começando e já podemos prever o que nos espera, ou melhor, o que espera a vós outros, a humanidade toda, nela não mais me incluindo - atingi o prazo de validade e, mais dia menos dia, serei retirado das prateleiras e jogado no lixo.

  • Rastírio revolucionário

    Diário do Comércio (São Paulo), em 10/11/2005

    Taine descreve em La France Contemporaine a manhã de 14 de julho de 1789 nos aposentos reais. O duque de La Rochefoucalt-Liancourt deu ao rei as notícias apavorantes procedentes da Bastilha. Disse-lhe o rei Luís XVI: "É uma revolta?" Respondeu o duque: "Não, sire, é uma revolução!".

  • Gilberto Freyre na Ásia e na África

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro ), em 09/11/2005

    Quem tenha lido Aventura e rotina recordará o deslumbramento com que Gilberto Freyre viveu os poucos dias que passou na Ilha de Moçambique. Ali sentiu-se atordoado pela profusão de cores, ruídos, trajes e culturas em combinação e conflito. Entonteceram-no sobretudo as mulheres, nas quais, diz ele, a mestiçagem alcançava ''vitórias esquisitas de beleza e graça nas formas, nas cores, no sorriso, na voz e no ritmo do andar''.