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Artigos

  • Sabia ou não sabia?

    Diário do Comércio (São Paulo), em 29/07/2005

    Ao depor na CPI dos Correios, a senhora Renilda, esposa de Valério, afirmou que José Dirceu sabia de empréstimos ao PT. Dirceu negou, embora tendo admitido que havia se reunido com diretores da "vaca leiteira" do partido, o Banco Rural. Não conheço o deputado, ex-ministro e por ser prestigiadíssimo do PT, José Dirceu. Conheço-o apenas de clichê de jornal e de jornais da televisão, mas ninguém ignora que quanto a político não é, propriamente, um coroinha, ausente da rotina política e dos corredores partidários, esses corredores que se transformam facilmente em labirintos.

  • O Barba Roxa e o Arruda

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/07/2005

    Estava em Salzburgo, acompanhando o festival que lá se realiza, peguei o carro, atravessei a fronteira da Áustria com a Alemanha e dei um pulo em Obersalzberg. Queria ver a formidável montanha Untersberg, famosa nas sagas germânicas. Uma lenda garante que nas suas entranhas, no seu ventre de pedra e neve, o imperador Frederico 1º ali está dormindo o seu sono de muitos séculos.

  • Passaporte do Brasil

    Diário do Comércio (São Paulo), em 28/07/2005

    Escrevi nos velhos tempos dos "Diários Associados" que o passaporte do Brasil como que tinha invisível, nas suas páginas, um filtro sedutor, por aninhar a esperança de uma terra dadivosa, já exaltada pelo primeiro cronista pela sua opulência e as oportunidades de enriquecimento. Fazer América era nos Estados Unidos e no Brasil. Infelizmente, acentuava eu nos artigos que escrevia sobre o assunto, essa fascinante sedução, que enriqueceu o mítico Matarazzo, fundador da dinastia, já está se apequenando, pois outras terras já embalam mais sonhos do que a nossa terra.

  • E agora Brasil de Lula?

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 27/07/2005

    Neste luxo único de crises deparamos um novo paradoxo reconhecido pela mídia brasileira. O PT despedaça-se tanto quanto Lula agüenta o tranco e mantém-se com um inédito capital político no país. Diante do rame-rame das nossas catástrofes de salão o novo desses dias mal começa a apontar. As manchetes repetem cansativamente que os miseráveis não se importam com o escândalo do ''mensalão''. E os vaticínios de que, afinal, Lula irá a um abate de popularidade não se confirmam frente ao ranço deste moralismo que se apossa periodicamente da classe média, que passou, desde 2002, a votar em Lula e ora fala como dona do pedaço. A fatura da decepção não tem nada a ver, nem se desconta no a que veio, de fato, o presidente. Nem o desestabilizará diante da confiança elementar em que, afinal, o Brasil dos destituídos dá outro compasso ao que seja a mudança brasileira.

  • O orgulho da presença francesa

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 27/07/2005

    Paris, nesta época do ano, troca os seus habituais moradores por 30 milhões de turistas que não se importam com o calor infernal. Neste clima, na cidade preparada para o frio, a Academia Francesa homenageou a sua co-irmã brasileira (ABL) com uma sessão solene sous la coupole (em sua belíssima sede), valorizada pela imponente cúpula de estilo clássico.

  • Quem matou Lineu

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/07/2005

    Pesquisa feita no início da última semana parece que surpreendeu a mídia em geral e a classe política em particular. Revelava que os escândalos causadores do trauma nacional não haviam afetado a imagem do presidente da República. Pelo contrário: ela crescera na estima e aprovação do eleitorado.

  • Esperança ameaçada

    Diário do Comércio (São Paulo), em 27/07/2005

    Na última reunião de Mesa Administrativa da Santa Casa, um dos irmãos mesários, ao responder ao meu cumprimento, disse-me que o mal maior praticado pela crise gerada pelo PT do presidente Lula foi ter dado origem à crestação da esperança, não só nas novas gerações que despontam, mas a todos nós que ainda cremos no Brasil. Dei-lhe a minha conformidade.

  • A marca do fim

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 26/07/2005

    Há menos de um mês, em encontro organizado por Cândido Mendes de Almeida em Paris, coube-me falar na Sorbonne, sobre "O romance no Brasil". Depois de uma introdução rápida sobre as raízes da arte de narrar, estudei a obra de dois narradores seminais da nossa literatura - José de Alencar e Manuel Antônio de Almeida - fixando-me, em seguida, em Machado, Raul Pompéia e Aloísio de Azevedo, para chegar a Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Graciliano, Adonias, Lúcio Cardoso, Otávio de Faria, Clarice Lispector, Cornélio Pena, João Guimarães Rosa, Érico Veríssimo, José Sarney, Ciro dos Anjos, Antônio Calado, Ariano Suassuna, Nélida Pinõn, Inácio de Loyola Brandão, Campos de Carvalho.

  • A crise e os sapos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/07/2005

    Deixando de lado as miudezas dos escândalos que traumatizam a vida nacional, é hora de fazer um balanço, ainda que provisório, do governo de Lula e do PT, com a perspectiva de dois anos e meio de um mandato de quatro -o que já é bastante.

  • Apoteose mental

    Diário do Comércio (São Paulo), em 26/07/2005

    O presidente Lula está dentro da fase pessoal que um antigo e já falecido humorista de televisão chamou de apoteose mental. O presidente, sem mais nem menos, desafia qualquer intelectual, qualquer escritor, qualquer professor de Ciência Política para debater com ele o significado de ética.

  • A ponte

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/07/2005

    Pontes são símbolo de desperdício no país.Folha Cotidiano, 18.07.2005 

  • O império brasileiro e seus fotógrafos

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 25/07/2005

    Paris continua em festa. Apesar do calor intenso, estranho até para os cariocas da gema, os eventos se sucedem, no que se convencionou chamar de "Ano do Brasil na França". Somos testemunhas de que centenas de visitantes compareceram à exposição "O Império Brasileiro e seus Fotógrafos", no Museu Quai D"Orsay.

  • Lula não é ladrão

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 25/07/2005

    No programa "Liberdade de Expressão", da CBN, perguntaram-me se eu não ficara surpreendido ou chocado com o carro que deram a um tal de Silvio, funcionário do PT. Um presente na base dos R$70 mil. Informaram-me que a nação ficou estarrecida com a generosidade da empresa e com o mérito do funcionário petista, que fez por onde ganhar tal e tamanho reconhecimento. Respondi que não. Era um problema interno da empresa e do funcionário. Dá e recebe quem quer e pode. Eu nunca ouvira falar nesse tal Silvio, como nunca ouvira falar em Delúbio, Valério "et caterva".

  • Comédia Italiana

    Diário do Comércio (São Paulo), em 25/07/2005

    O presidente da República, o Lula dos velhos tempos do sindicalismo, parece perdido no cipoal do Ministério por ele formado no começo do governo "soi disaant" de trabalhadores. Li n' O Globo de 20 deste mês, uma reportagem verdadeiramente jocosa. O presidente nomeia, depois constata que era outro a ser nomeado, demite o recém-nomeado e nomeia o outro, tudo às carreiras, por ser necessário apressar a suposta reforma, quando de reforma não há nada, mas nomeações e demissões de velhos companheiros de viagem, como diziam os comunistas em outros tempos. O que veio à mente, da leitura da reportagem do influente jornal do Rio de Janeiro, foi uma daquelas comédias italianas, sem pretensão, mas que eram deliciosamente engraçadas, por espicaçarem o traço italiano, que é naturalmente comediante.

  • A temporada de caça

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/07/2005

    Li por aí que o senador Delcídio Amaral passou um dia inteiro selecionando denúncias que chegam à CPI dos Correios, a maioria delas vinda de anônimos que aproveitam a confusão para acusar desafetos políticos ou profissionais.