
Vamos falar sobre flores
Carlos Lacerda , o político, mas sobretudo o grande jornalista, numa época parecida com a que vivemos, resolveu escrever sobre a Sociedade Protetora dos Animais.
Carlos Lacerda , o político, mas sobretudo o grande jornalista, numa época parecida com a que vivemos, resolveu escrever sobre a Sociedade Protetora dos Animais.
Cada época tem, mais ou menos, a gente que merece. Bem ou mal, eles e elas é que fazem o tempo. Marlene Dietrich sentada numa cadeira virou logotipo dos anos 30. Os Três Grandes (Roosevelt, Stálin e Churchill), em Ialta, marcaram os anos 40. Gagárin e Marilyn Monroe são símbolos dos anos 50. Os Beatles são os donos da década seguinte. Os anos 70, que alguns consideram interessantes, também produziram seus espécimes, nem melhores nem piores: a vida continua, muitas vezes é repetitiva e chega até a ser espantosa. Basta dizer que, em seu final, a figura mais badalada daquela década era um aiatolá que tentou ensinar ao Ocidente como se deve defecar: sempre de costas para Meca.
A investigação sobre os escândalos político-administrativos prossegue, e parece que não teremos pizza, simplesmente por ser impossível esconder o tamanho da crise na qual o PT de Lula e seus correligionários afundaram o País.
Pessoas mal informadas me perguntam se Lula teria chances de ser reeleito. Quem sou eu, que nada entendo de política, para responder a pergunta que, ainda por cima, não me comove nem interessa.
Pode-se considerar absurdo ligar o escândalo político e administrativo ao roubo de 150 milhões da agência do Banco Central em Fortaleza. Não hesito porém em fazê-lo.
A vertigem da crise já nos depara a exasperação de situações-limite, como da nova guinada da direção petista na reunião de 6 de agosto. Qual o perfil da legenda que vai à opinião pública diante dos crescentes questionamentos nacionais? O da purga proposta ao PT por Tarso Genro ou da ida à frente da estratégia do ''campo majoritário'' na opção de José Dirceu? O caminho adiante parece ser o da aposta na verossimilhança da versão da ausência de conhecimento da cúpula do partido nos pagamentos das caixas 2 de campanha e do ''mensalão''. Não há mais recuo no ''tudo ou nada'', em que insistirá a legenda fiada na sua credibilidade de fundo - avalizada pela biografia de Dirceu - frente aos incidentes de trajetória de erros e abusos para a conquista de maiorias parlamentares. E até onde, agora, o presidente se associou ao ex-chefe da Casa Civil no rumo dado ao confronto do PT com a crise?
Nascido no Recife em 16 de agosto de 1911 e morto em novembro de 1984, Mauro Mota foi jornalista e ensaísta. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras, eleito para a cadeira nº 26, quando competiu com Thiers Martins Moreira, tendo Laurindo Rabelo como patrono; Guimarães Passos como fundador; Paulo Barreto, Constâncio Alves, Ribeiro Couto e Gilberto Amado, como antecessores; e sendo sucedido por Marcos Vilaça, seu conterrâneo.
Nada a ver com Castro Alves e suas "Espumas Flutuantes". As espumas que contam (ou não contam conforme o caso) são provocadas não por uma mas por três CPIs que estão batendo simultaneamente em nossas costas, nem sempre protegidas por muralhas de pedra e indiferença.Sempre haverá qualquer coisa, além do que já houve. A parte mais visível da ressaca - as espumas propriamente ditas - já cumpriu o seu papel de espum a: vieram à superfície, foram fotografadas e analisadas de vários ângulos e logo serão superadas por novas espumas no vaivém da nossa história política.
O ensaísta Harold Laski, em seu livro The American Democracy , define o presidencialismo americano como uma instituição original, que não deveria ser transplantada para outro país, que não vingaria. Não é necessário fazer prova.
Nascido em 1905 está Jean-Paul Sartre sendo este ano homenageado, analisado, reeditado, não só como romancista e teatrólogo, mas também, e principalmente, como filósofo. De sua ficção, acaba a Nova Fronteira de reapresentar sua trilogia "Os caminhos da liberdade" que consta dos seguintes títulos: "A idade da razão", "Sursis" e "Com a morte na alma". O livro em que Sartre chegou mais longe na defesa de uma postura filosófica foi "O ser e o nada" (publicado pela Editora Vozes).
Aperta-se cada vez mais o cerco em torno do presidente da República. Embora denúncia nenhuma tenha chegado até Lula, há um consenso nacional de que ele de alguma forma sabia do mensalão. Não ficou definido, ainda, o grau do conhecimento, apenas isso.
A Terra é a única que Deus Nosso Senhor nos reservou, com a liberdade que os povos não a sabem usar. Essa Terra onde, por um momento o paraíso perdido apareceu restaurado pela ciência, está de novo ameaçada. O terror é a nova arma, preparada pelo demônio para destruir a civilização.
Foi noticiado, recentemente, o recorde de reprovação na seccional paulista da OAB. Dentre os 20.237 candidatos (advogados formados - bacharéis em Direito) o índice de reprovação foi de 92.8% apenas 1.450 conseguiram aprovação. O Dr. Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da OAB/SP acha que "há pessoas que chegam à prova e não sabem conjugar verbos ou colocar as palavras no plural", recomendando que "é preciso reagir". Concordamos inteiramente com ele. Muitos comunicadores, até renomados, com a desculpa de modernidade, erram à vontade, como acontece com freqüência na CPI dos Correios. Pensamos, até, para ficar na moda, que se poderia criar a CPI da Língua Portuguesa. Os erros mais escandalosos seriam punidos com multas e até prisões, com leituras obrigatórias, como um dia pensou o deputado Rebelo.Cibernética
O esquema de corrupção que traumatiza a nação é antigo. No passado recente, teve um pique que nada fica devendo aos escândalos de hoje. A reeleição de FHC e os processos de privatizações superam em muito os "mensalões". E a maior parte da mídia, naquela época, acreditando que o país era governado por um "déspota esclarecido" (descoberta de um filósofo emérito da USP), ficou silenciosa e quase solidária com os escândalos que rolaram no Congresso.
Óleo para as lâmpadas da China. Os produtores - na época, à frente os EUA - vendiam petróleo para o mundo inteiro. Vinha para o Brasil uma gasolina em latas grandes, da marca Energina , cujo símbolo era, nem mais, nem menos, antes do nazismo, a cruz suástica, que abraçou poucos depois o mundo com sua terrível wermacht . Estamos, pois, de novo, em face de um ukase da OPEP e nada podemos fazer, para impedir a alta do bruto.