“Esse é um momento histórico e profundamente simbólico. A eleição de Ana Maria Gonçalves é uma reparação necessária e uma vitória coletiva para todas as mulheres negras do Brasil. A presença dela na ABL rompe séculos de exclusão e reafirma a potência da literatura negra como instrumento de memória, resistência e transformação”, afirmou Ireuda.
Ana Maria Gonçalves é a 13ª mulher a ser eleita desde a fundação da ABL e conquistou a vaga em uma disputa acirrada com outros 13 candidatos, entre eles dez homens e três mulheres. Seu livro mais conhecido, Um Defeito de Cor, resgata a história de uma mulher africana escravizada no Brasil e se tornou referência na luta antirracista e na valorização da cultura afro-brasileira.
Para Ireuda, a conquista também serve de inspiração para as novas gerações: “Que meninas negras em todos os cantos do país possam olhar para Ana Maria Gonçalves e entender que elas também podem ocupar os espaços mais altos da cultura, da política, da ciência e de onde mais quiserem. Precisamos celebrar essa vitória e seguir lutando para que ela não seja a única, mas a primeira de muitas.”
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15/07/2025