Em reunião da Academia Brasileira de Educação, o presidente, professor Carlos Alberto Serpa, desafiou os seus pares a apresentar sugestões a serem encaminhadas ao MEC, com o propósito de aperfeiçoar a educação brasileira.
No grupo de trabalho coordenado pela professora Terezinha Saraiva, fizemos uma série de propostas, entre as quais destacamos este decálogo:
Estamos hoje com 8,3 milhões de alunos no ensino médio. Só a metade se forma, o que é uma demonstração inequívoca de desinteresse, a merecer providências radicais do Poder Público. Parece evidente que seja necessário um choque de atratividade nesse nível de ensino.
Como é notória a falta de recursos financeiros, entende-se como ideal a parceria com o Sistema S, a fim de assegurar bons resultados no ensino profissional, que tem um vasto campo para crescer, dentro e fora do Pronatec. Não é lógico que apenas se retire desses bons cursos parte do seu financiamento para suprir carências oficiais.
Por outro lado, é preciso também promover o treinamento intensivo dos professores, para melhorar a sua performance. Eles devem ter mais conhecimento de como lecionar. Não basta só o domínio dos conteúdos. É um problema que nos leva a reinvidicar uma ampla reforma dos cursos de Pedagogia.
Para as mudanças aqui sugeridas é indispensável promover reformulações na LDB (Lei nº 9394/96), trabalho que envolve certamente as responsabilidades do Conselho Nacional de Educação.
Há projetos em curso, no País, que podem colaborar para a correção de rumos, como é o caso da vitoriosa Nuvem de Livros. A educação básica assinala uma brutal carência de bibliotecas e aí pode estar uma ajuda inestimável.
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[1] https://ftp.academia.org.br/academicos/arnaldo-niskier