Com 48 livros publicados em quatro línguas, Ricupero recebe a maior honraria da ABL e o prêmio de R$ 100 mil. Segundo Merval Pereira, presidente da Academia, o autor reúne mérito literário e contribuição pública de relevância histórica para o país. “Seus livros ajudam a entender o Brasil no mundo. E seu livro de memórias é, além de tudo, excepcional”, afirmou Pereira. Antes de mais nada, Rubens Ricupero é formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela USP e atuou ativamente na diplomacia e na política brasileira por décadas.
Nesse sentido, entre os cargos que ocupou, destacam-se os mandatos como Secretário-Geral da UNCTAD e Subsecretário-Geral da ONU, entre 1995 e 2004. No Brasil, foi Ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal (1993) e Ministro da Fazenda (1994), durante um período decisivo da redemocratização. Assim, ao homenagear Ricupero, a ABL reforça o valor da palavra escrita como ferramenta crítica, histórica e transformadora no debate público brasileiro. Desde 2014, o Prêmio Machado de Assis já reconheceu nomes como Adélia Prado, Ruy Castro, Marina Colasanti e Ana Maria Machado.
Obras de Rubens Ricupero
Ao longo de sua trajetória intelectual, Rubens Ricupero construiu uma obra ampla e reflexiva sobre o Brasil e seu papel no mundo. Seu livro mais recente, Memórias (Editora Unesp, 2024), revisita sua vida pública com clareza e profundidade, entrelaçando memória e história.
Em A Diplomacia na Construção do Brasil: 1750–2016 (Versal, 2016), o autor analisa, então, como a política externa influenciou a formação do Estado brasileiro. Outros títulos, como Diário de Bordo (2010), Esperança e Ação (2002) e O Brasil e o Dilema da Globalização (2001), combinam reflexão histórica e crítica contemporânea.
Ricupero também publicou Rio Branco: o Brasil no Mundo (2000) e Barão do Rio Branco (1995), livro que teve edições ampliadas e tradução para o espanhol. Entre suas contribuições internacionais, destacam-se The Uruguay Round and Beyond (1998) e ensaios em coletâneas como Temas de Política Externa Brasileira II.
Além disso, escreveu A Folha Explica a ALCA (2003) e Visões do Brasil (1995), ampliando o diálogo com leitores interessados na identidade nacional. Com pensamento crítico e linguagem acessível, Ricupero lança mão da escrita para iluminar o passado e provocar reflexões sobre o futuro do país.
Matéria na íntegra: https://geekpopnews.com.br/rubens-ricupero-e-o-vencedor-do-premio-machado-de-assis-2025/ [1]
30/06/2025Links
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