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Artigos

  • O grande fogo

    Folha de S. Paulo, em 11/01/2015

    Antigamente, não se atravessava uma rua, não se dobrava uma esquina sem esbarrar com um escoteiro ou com vários. Em geral, eram jovens mais ou menos militarizados, tinham um lema "Sempre alerta" e se comprometiam a fazer uma boa ação todos os dias.

  • Pilar da democracia

    O Globo, em 11/01/2015

    Num momento em que a liberdade de expressão está em xeque em diferentes instâncias, seja de maneira dramática pela ação terrorista em Paris para calar as sátiras do Charlie Hebdo, ou em diversas partes do mundo, em que governos totalitários tentam limitar, ou mesmo barrar, a liberdade de crítica da mídia independente, faz bem tomar conhecimento dos conceitos emitidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello à respeito do tema.

  • Je suis Charlie, juif, musulman...

    O Globo, em 10/01/2015

    Os jornais “Le Monde” e “Le Figaro”lembraram que o pior ato de terror em Paris foi o que ocorreu em 1961, durante a guerra pela independência da Argélia, quando a Organização Armada Secreta, a OAS, de direita, explodiu uma bomba no trem Estrasburgo-Paris, descarrilando a composição e matando 28 pessoas. Em número de vítimas, sim, foi bem maior do que o de agora, com 12 mortos. Mas não em efeito moral e emocional, em impacto e comoção. Passei os anos 1960/61 como correspondente na capital francesa, e pude vivenciar o clima de paranoia da época, devido aos atentados. Até o presidente De Gaulle escapou por pouco de um. Era comum uma ameaça esvaziar uma sala de cinema ou uma estação de metrô.

  • A lista fatal

    O Globo, em 09/01/2015

    Enquanto não sair a lista oficial dos acusados de envolvimento no petrolão, que deve ser apresentada pelo Procurador-Geral da República Rodrigo Janot nos primeiros dias de fevereiro ao Supremo Tribunal Federal, o Congresso viverá sob tensão, e todos os partidos políticos estarão sujeitos a vazamentos de informações que, por serem parciais, servem para blindar os parlamentares eventualmente citados.

  • Um futuro para além do óbvio

    Jornal do Commercio, em 09/01/2015

    Os votos de fim de ano e as expectativas da virada para 2015 entremostram, na irrelevância de suas frases, uma nítida saturação desse discurso. É o que só se reforça pela ditadura midiática e o óbvio do dia seguinte. Busca-se uma novidade ou um choque nas rotinas dessa domesticação do futuro e do consumismo, chegado ao tédio, sem volta. No caso brasileiro, uma efetiva surpresa é, nestes meses, o extremo a que chegou a sistematização da corrupção envolvendo a Petrobras, em níveis de competência e de apuro do mais avançado Primeiro Mundo. Avançamos da perplexidade ao espanto nesses níveis em que o apuro de um verdadeiro contra-Estado se apropriou de propinas e continua a reptar o deslinde, afinal, da sua trama.

  • Violência x liberdade

    O Globo, em 08/01/2015

    A tragédia que se abateu sobre o jornalismo mundial é, sobretudo, a tentativa de sobrepor a violência à liberdade de expressão, um dos pilares do estado democrático. Mas é também a expressão mais brutal do desentendimento de sociedades que marca nosso mundo contemporâneo.

  • A importância da continuidade

    Diário da manhã (GO), em 07/01/2015

    O primeiro governador do Rio de Janeiro, depois da fusão da Guanabara com o antigo Estado do Rio, foi o Almirante Faria Lima. Ele fez uma feliz escolha, ao entregar a Secretaria à professora Myrthes De Luca Wenzel, de assinalados serviços prestados ao setor, especialmente como diretora do Centro Educacional de Niterói. Ficou quatro anos na direção da Seec, a ela se devendo iniciativas como o Laboratório de Currículos e o Centro de Tecnologias Educacionais.

  • Crises anunciadas

    O Globo, em 07/01/2015

    A presidente Dilma nomeou um ministério que pode ser medíocre em seu conjunto, mas tem um conceito por trás em algumas áreas fundamentais. A questão é que o conceito é uma repetição de manobra já realizada anteriormente pelo ex-presidente Lula, e por isso mesmo Dilma corre o risco de transformar em farsa a repetição de uma estratégia política que depende de um líder de reconhecida capacidade de articulação política para não provocar crises contínuas.

  • Olodum e Lalibela

    O Globo, em 07/01/2015

    A queima de fogos deu ao Rio de Janeiro uma espécie de passaporte global para integrar o prestigioso número das grandes capitais da Terra por onde ingressa o Novo Ano, acompanhado pela escolta das grandes multidões, a fanfarra em altos decibéis e a sempre mais complexa, quase barroca, e cada vez mais longa pirotecnia.

  • Queda de braço

    O Globo, em 06/01/2015

    Curiosamente, a presidente Dilma Rousseff começa seu segundo mandato provocando as mesmas incertezas que desafiavam seus interlocutores durante a campanha presidencial de 2010, muito embora não haja motivos para se acreditar que ela tenha mudado.

  • À beira da irrelevância

    O Globo, em 04/01/2015

    O novo ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira terá uma tarefa árdua pela frente: tirar o Brasil da quase irrelevância nas relações políticas e econômicas internacionais. Ele destacou no discurso de posse a necessidade de ampliar o comércio internacional, o que parece indicar que o Itamaraty dará mais atenção ao comércio exterior - uma necessidade - do que à política, que pode vir a ser uma consequência. A quase irrelevância política brasileira, dentro e fora dos BRICS, foi confirmada em recente pesquisa do Ash Center para Governança Democrática e Inovação, da Harvard Kennedy School, que perguntou a cidadãos de 30 países suas opiniões sobre 10 influentes líderes nacionais que têm impacto global.

  • O Velho e o Novo

    Folha de S. Paulo, em 04/01/2015

    2014 – Custou mas chegou! E olha que não foi mole: pensei que minhas desgraças não teriam fim. Ainda bem que você está aí!

  • Mal na fita

    O Globo, em 03/01/2015

    O Brasil começa 2015 em situação descendente, em que pese a enganosa euforia da presidente Dilma em seu discurso de posse no segundo mandato. A despeito de sermos a sétima economia do mundo, tudo indica que perderemos esse posto para a Índia este ano, segundo a consultoria britânica Economist Intelligence Unit, ligada à revista econômica The Economist.

  • O amanhã do Rio

    O Globo, em 03/01/2015

    Feliz Ano Novo, leitores. Afinal, vivemos nesta cidade que vai fazer 450 anos, que nos oferece na passagem do ano uma chuva de ouro e onde o pôr do sol é aplaudido de pé por uma multidão maravilhada. A cada ano cai também uma chuva torrencial, assassina e, em pleno alumbramento no Arpoador, alguém pode ser apanhado em um arrastão de meninos assaltantes. Tudo isso, a chuva de ouro e a chuva assassina acontecem aqui. O pôr do sol no Dois Irmãos e os meninos selvagens. Luminosa, terna, corpo quente, essa cidade é a senhora dos sentidos. Violenta, é também a senhora da dor. Decidi nestes primeiros dias do ano acreditar na felicidade carioca que “é como a gota de orvalho numa pétala de flor”.