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Artigos

  • Pra vaca não ir pro brejo

    O Globo, em 03/01/2015

    Já que foi a própria presidente que escolheu a imagem — talvez por identificação com o universo rural de sua afilhada de casamento Kátia Abreu — vamos continuar com ela. Como se recorda, a candidata Dilma assegurou que não mexeria nos direitos trabalhistas e, para não deixar dúvida, repetiu uma expressão popular que acabou invadindo de forma viral as redes sociais — “nem que a vaca tussa” — e com a hastag #em direito meu ninguém mexe.

  • Cada vez pior

    A Gazeta (ES), em 02/01/2015

    Toda vez que se aborda um plano de governo, em que nível for, surge a expressão qualidade do ensino. Com razão, pois temos tido alguns êxitos no que se refere à quantidade, sobretudo no ensino fundamental, mas é lamentável a questão da qualidade, por motivos diversos. Chegamos a ser a sexta economia do mundo. Fica difícil melhorar de posição, com o atual panorama da educação. Há quem não goste das sucessivas avaliações a que é submetida a educação brasileira. Os argumentos são em geral ridículos. Já houve quem dissesse que é uma forma fascista de levar nossos alunos a esses testes, o que é um evidente exagero.

  • Delação e consciência cívica

    Jornal do Commercio, em 02/01/2015

    Viraremos o ano com as intermináveis denúncias de corrupção da Petrobras, acrescidas do inventário dos dinheiros desviados, num somatório que já não comove mais o imaginário coletivo. Teríamos chegado ao teto da possível indignação cívica que comporta a nossa cultura. Não obstante, fica a indagação: se antecipado o conhecimento desse tsunami, comprometer-se-ia de vez a reeleição de Dilma? De toda forma, já se esteriliza o aguardo de novas revelações no labirinto dos desmandos da nossa maior empresa.

  • Equipe equivocada

    O Globo, em 01/01/2015

    Para ampliar a base aliada no Congresso em termos nunca antes vistos, a presidente Dilma aumentou para 39 o número de ministérios em seu primeiro mandato. Havia uma explicação nunca explicitada para tamanho despautério, a montagem de uma maioria defensiva que impedisse a criação de CPIs e, principalmente, qualquer tentativa de impeachment por parte da oposição, uma preocupação obsessiva do ex-presidente Lula desde que escapou por pouco no episódio do mensalão.

  • O interesse por Ariano

    Jornal do Commercio (PE), em 01/01/2015

    O que mais chamou minha atenção, na conferência realizada no Sesc/Osasco, em São Paulo, foi o grande interesse despertado na plateia pela biografia do autor de Auto da compadecida. As perguntas do auditório foram em número apreciável e de boa qualidade, como a que se referiu à forma debochada como Ariano tratava os que, para impressionar, falavam palavras ou expressões em inglês, para ele.

  • Tiroteio

    O Globo, em 10/12/2014

    Pelo segundo dia consecutivo uma autoridade da Republica faz críticas públicas à falta de transparência e controle nas contas da Petrobras. Na segunda-feira o ministro chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) Jorge Hage criou embaraços ao Palácio do Planalto ao despedir-se do cargo lamentando que as estatais brasileiras estejam protegidas dos controles governamentais, fora do sistema de acompanhamento de gastos das contas oficiais.

  • Nostalgia perversa

    Folha de S. Paulo (RJ), em 09/12/2014

    O pior de um governo em crise é a sucessão ou o golpe. E pior do que o golpe é a esperança absurda de que uma solução autoritária que, além de atrasar o país, oprime o povo.

  • De lupa

    O Globo, em 09/12/2014

    O que o PT tanto teme, um temor, aliás, altamente suspeito que conta com a defesa prévia de blogueiros chapa-branca, caiu no colo do ministro Gilmar Mendes, considerado um inimigo que os azares da sorte colocaram como relator na análise da prestação de contas da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff.

  • Impasse

    Folha de S. Paulo (RJ), em 07/12/2014

    Não entendo nada de economia, finanças e de coisa pública. E obro bem em nada entender. Pois o que me passa pela cabeça é justamente o óbvio: se o governo sabe que só há dois caminhos, um deles injusto e outro minado pela corrupção, há que reinventar todo o processo político e ideológico.

  • Arte sem concessões

    Folha de S. Paulo, em 07/12/2014

    Enquanto o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta uma exposição das obras do escultor Amilcar de Castro (1920-2002), em Porto Alegre, na Fundação Iberê Camargo, e em São Paulo, na Pinacoteca, realizam-se duas mostras comemorativas dos cem anos de nascimento do pintor Iberê Camargo (1914-1994).

  • Dilma cai na real

    O Globo, em 05/12/2014

    Devemos aplaudir o gesto sincero do governo de rever suas previsões para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, mas não há como não ficar preocupado com os números “realistas” com que a nova equipe econômica se compromete. O primeiro governo Dilma, que parece não ter fim, foi caracterizado, entre outras coisas, pelas previsões otimistas que acabaram sempre atropeladas pela realidade.

  • A face cruel da crise

    O Globo, em 04/12/2014

    Quando as manifestações das galerias eram a favor do PT ou contra a ditadura militar, eram consideradas democráticas. Como estão sendo agora contra o governo petista, passam a ser entendidas pela maioria governista como atentatórias à democracia, como se aprovar uma troca de favores como a proposta oficialmente pelo governo ao Congresso fosse benéfica a ela.

  • Guerras de Religião?

    O Globo, em 03/12/2014

    Com o fim da Era dos Extremos e das Torres Gêmeas, postas de pé, eis-nos diante de um novo pluralismo. O mapa-múndi das religiões assiste a uma espécie de mutação transgênica. Los Angeles é a maior cidade budista do mundo. O catolicismo cresce de modo vertiginoso na Ásia. A Inglaterra deve igualar em breve o número de muçulmanos e anglicanos, ao passo que o hinduísmo e o judaísmo realizam um conjunto de aproximação e trocas simbólicas.

  • O PT complacente

    O Globo, em 02/12/2014

    A complacência do PT com seus membros envolvidos em escândalos de corrupção corresponde à própria formação física do partido, que se vendeu à opinião pública - com êxito, admita-se - como a imagem da pureza política quando já nos governos municipais estava envolvido em transações ilegais com empresas de coleta de lixo e licitações fraudulentas.

  • O perigo do fundamentalismo

    O Globo, em 25/11/2014

    O Sultanato de Omã, onde se realiza desde domingo a reunião da Academia da Latinidade, pretende assumir cada vez mais um papel de mediador dos conflitos da região onde oficialmente está situado, o Oriente Médio. Mas esse papel está sendo desempenhado muito mais pelo exemplo do que pela interferência direta nos conflitos.