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Artigos

  • Gengis Khan e seu Falcão

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 16/05/2004

    Em recente visita ao Cazaquistão, na Ásia Central, tive a oportunidade de acompanhar caçadores que usam o falcão como arma. Não quero entrar aqui no mérito de discutir a palavra “caçada”; apenas dizer que, neste caso, é a natureza cumprindo o seu ciclo.

  • Napoleão e o cachorro do Marcelo

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 14/05/2004

    Citação é uma coisa perigosa que necessita de oportunidade e memória. Às vezes, abusamos da oportunidade e muitas vezes podemos ter falhas de memória.

  • Erro de Bush

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 13/05/2004

    Se Henry Kissinger fosse o adviser de Bush, em lugar de Condolezza Rice, a guerra do Iraque não teria sido deflagrada, tendo ele em suas mãos todas as provas de que Saddam Hussein não possuía o arsenal de armas destruidoras, que serviu de argumento ao presidente para sua aventura, sem duvida fatal. O astuto judeu alemão naturalizado americano, que abriu a China aos Estados Unidos, foi um dos maiores secretários de Estado dos Estados Unidos graças à sua intuição e sua formação universitária.

  • Assunto único

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 13/05/2004

    Pensamento único é uma droga, mas pior mesmo é o assunto único. Contudo é impossível escapar dele. Não se trata de um sentimento corporativo da classe jornalística, muito menos de pinimba especifica contra um governo que, depois de se mostrar desorientado, começa a se mostrar desastrado.

  • Otto Lara Resende: incansável fazedor de amigos

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 12/05/2004

    Se fosse vivo, Otto Lara Resende teria completado 82 anos em 1º de maio. Na minha própria família, uma prima disse-me, certa vez, que era Otto quem fazia a ponte entre nós todos. O deputado Israel Pinheiro alugou uma casa defronte a nossa, em Copacabana. Experiente político mineiro, Israel era velho amigo e colega de Afonso Arinos na Câmara. Ele costumava dizer que, se o seu partido, o Social Democrático, e o de Arinos, a União Democrática Nacional, não os atrapalhassem, eles resolveriam os problemas políticos ali mesmo, na Rua Anita Garibaldi. Daí a intimidade entre os seus nove filhos e meu irmão e eu, que tomamos de fato, nos longos anos em que nossos pais ali residiram simultaneamente, as duas casas numa só.

  • A alma pequena

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 12/05/2004

    Um dos raros consensos de nosso tempo é o da ausência de heróis, de gigantes na paisagem humana e intelectual deste início de século. Tirante um desportista excepcional, como Ayrton Senna, um mito como Guevara, um personagem polêmico, mas denso, como João Paulo 2º, o cenário em que vivemos é marcado pela mediocridade de atores, de figurinos e de enredos.

  • A herança de Rosa

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 11/05/2004

    Dentro de dois anos comemoraremos o cinqüentenário do lançamento de "Grande sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. Deverá a data ser lembrada em ciclos de conferências e seminários sobre o livro e a dimensão da obra rosiana como um todo no contexto da cultura brasileira. Haverá também uma nova edição do romance, com estudos e análises.

  • Nomeação de cabos eleitorais

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 11/05/2004

    Uma das figuras mais sinistras da democracia representativa de sufrágio direto, secreto e universal é o cabo eleitoral. Tipo perfeito para filmes de horror, é o bajulador de um político de relativo prestígio, que tem como profissão o engano dos trouxas, que se deixam ilaquear com promessas que não se cumprirão nunca, sobretudo porque não são prometidas para serem cumpridas no futuro remoto, se o chefão for eleito. Leio no Jornal do Senado (impresso no melhor papel dos jornais do Brasil), que o Senado aprovou a Medida Provisória que criou 2.793 cargos na enxudiosa burocracia do sistema federal. O presidente Lula, formado pelos marxistas-lenistas, quer um Estado extensamente burocrático, e, por MP, não por projeto de lei, impingiu à nação, já sofredora, já sofregante ao peso dos milhões de desempregados, o salário mínimo irrisório, e outras inconveniências, como essa avalanche de cabos eleitorais.

  • O show do livro

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ), em 10/05/2004

    Não se tem muita certeza se estamos vendendo mais ou menos livros no Brasil. A desconfiança é de que houve uma queda, produto de uma série de fatores, entre os quais avulta a falta de dinheiro proveniente do desemprego que marca o atual estágio da nossa economia.

  • Tirem suas próprias conclusões

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 09/05/2004

    Hoje vou transcrever textos alheios. Não por preguiça ou falta de assunto, mas porque creio serem uma interessante amostra do que vai em muitas cabeças, sobre o escandaloso terror que acossa a cidade do Rio de Janeiro. Escrevi parte do que penso no domingo retrasado. Mas o debate é bem mais variegado. Vejam duas opiniões em cujos textos não meti nem uma vírgula, nem corrigi o que imagino serem descuidos de revisão. A primeira talvez vários de vocês já conheçam, pois circula na internet faz um tempinho, mas não lhe consegui confirmar a autoria, daí não a mencionar, para não correr o risco de endossar uma atribuição falsa. E a segunda me foi enviada por um leitor que prefere não ter a identidade divulgada, porque só quer dizer o que pensa, mas não quer polemizar. Veio encimada por uma citação da governadora, que teria observado que “O usuário financia o tráfico e o estado é que paga o pato.” Seguem elas grifadas, aí embaixo.

  • Rescaldo de 64

    O Estado de São Paulo (São Paulo), em 08/05/2004

    Quando do quadragésimo aniversário da revolução de 64, houve muitas manifestações de expressivas figuras que dela participaram, destacando-se o magnífico depoimento do caro amigo Ruy Mesquita.

  • Pit bull fora de moda

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 07/05/2004

    As pesquisas de opinião pública, instrumento moderno de bisbilhotar o pensamento coletivo, oferecem-nos surpresas que, muitas vezes, não são sonhadas. A maior conseqüência política da pesquisa de opinião, como diria o Conselheiro Acácio, é a aferição da legitimidade dos governantes. Nada dá mais calafrios a quem governa do que uma pesquisa para baixo.

  • Política faz mal à saúde

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 06/05/2004

    Política é letal como a câmara de gás, a cadeira elétrica, a forca e a empada que matou o guarda. Gosto de reler Lima Barreto e, outro dia, reparei a distinção que ele faz entre a cultura, a economia e a política. Seu melhor personagem, Policarpo Quaresma, paga tributo às três principais expressões da atividade humana.

  • Formação de líderes

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 05/05/2004

    O saudoso Assis Chateaubriand, que faz muita falta no Brasil da era luliana, lançou a idéia de construir no Brasil uma réplica da Ecole de Chartes , da França, para formação de líderes políticos, a fim de fortalecer a nossa frágil democracia. Logo depois sofreria o derrame que o imobilizou no leito durante oito anos, e todos os seus ideais, entre eles o da Escola de Líderes, foram por água abaixo. Morto em 1968, seu amigo Austregésilo de Athayde e companheiro quis reviver a idéia, mas inutilmente o fez. Não houve possibilidade.