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Artigos

  • A morte de Jorginho Ginle e a eutanásia

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 19/03/2004

    Tema polêmico, que envolve em parcelas iguais ciência e religião, até agora a eutanásia está longe de ser aceita placidamente pelas sociedades civilizadas. Não deixa de ser um assassinato, de contrariar o mandamento inscrito na fronte de todos nós: não matarás! Mas sabemos que a morte é inevitável, a ciência prolonga e melhora a vida, mas todos os recursos tecnológicos e científicos têm um limite.

  • Nova biblioteca

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 17/03/2004

    Aí está, recém-construída, a Biblioteca Pública da Academia Brasileira de Letras, com o nome de Rodolfo Garcia, em homenagem sugerida por Josué Montello a um ilustre acadêmico, meu conterrâneo, nascido no Rio Grande do Norte, e que, durante vários anos, presidiu a Biblioteca Nacional.

  • Graham Greene: cem anos

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 17/03/2004

    Está a Inglaterra comemorando o centenário de nascimento de Graham Greene, com a costumeira série de artigos sobre a obra do autor e reedições de seus livros. Para Greene, convertido ao catolicismo quando tinha 22 anos, o pecado era o maior dos males.

  • Protestos e confrontos

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 16/03/2004

    Impressionantes as imagens que nos chegaram da Espanha, com multidões nas ruas condenando atos terroristas em geral e em particular o atentado da semana passada.

  • A vida sem valor

    Diário do Comércio (São Paulo - SP) em, em 16/03/2004

    Um passageiro de ônibus, acompanhado da mulher, desceu do veículo pela porta adequada e sem motivo algum, sem nada que o provocasse ou provocasse a sua ira, saca do revolver, que tinha no coldre sem autorização da polícia, e atira no pobre motorista, que estava cumprindo o seu dever, para ganhar o modesto salário com que deve sustentar a família, educar os filhos e ter algum lazer. Crime estúpido, como todos os crimes que se registram na capital.

  • Caminhos errados

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 15/03/2004

    O atentado na Espanha trouxe um ingrediente novo à luta contra o terror. O "day after" ainda não passou, mas já se percebe algum interesse do governo local em atribuir o ato terrorista ao ETA, enquanto a maioria dos observadores internacionais coloca a chacina de 11 de março como etapa da guerra iniciada em 11 de setembro de 2001. Há suspeita de manipulação política nas informações.

  • O terror agindo

    Diário do Comércio (São Paulo - SP) em, em 15/03/2004

    Foi um bando de fantasmas. Ninguém sabe, nem descobre antes do desastre que seus membros vão atacar, pouco se importando com o valor da vida humana. Estão sedentos de sangue, querem amedrontar a população, e o conseguem, e acabam fornecendo aos órgãos de comunicação de massa os clichês de que eles necessitam para impressionar leitores e áudio espectadores. Quem viu a primeira página dos jornais de sexta-feira tem a imagem terrível do desprezo pela vida dos condenados pelo terror.

  • Perigos da sexologia

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 14/03/2004

    Como alguns de vocês sabem, cheguei a iniciar a carreira de sexólogo, por causa de um livro que escrevi. Muito mais comumente do que se pensa, há leitores que não conseguem acreditar que se escreva sobre algo que nunca se experimentou. Volta e meia fica difícil conversar com eles. Uma vez, questionado sobre uma cena de parto contida em outro livro, encontrei dificuldade em provar que nunca tive um filho, digamos, pessoalmente - e até agora não estou seguro de que me dei bem. O interlocutor não pareceu muito convencido de que o famoso lado feminino de que hoje todos os homens têm de se orgulhar e manter com afinco, não era tão radicalmente desenvolvido em mim. O bigode, a careca e a voz grossa não se revelaram suficientes para tornar incontestáveis meus argumentos, pois, ao que tudo indicava, ele conhecia algumas boas mães de família com tudo isso e talvez mais alguma coisa. Suspeito que devo ter uma reputação meio estranha em certos círculos.

  • A caminho da catedral

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 14/03/2004

    Olho para o lado: pelo que acabo de escutar no rádio, são aproximadamente 5.000 caminhões parados na fronteira entre a França e a Espanha, devido a uma violenta e inesperada tempestade de neve. Foi ótimo ter recebido o telefonema de uma amiga, Ruth de Aquino, que fizera este mesmo percurso no dia anterior: ela me avisava que devia evitar a todo custo aquilo que seria o caminho mais rápido para cruzar as montanhas dos Pirineus. Agora estou em uma pequena estrada lateral, que avança lentamente - mas que avança.

  • Em defesa dos valores humanísticos

    O Estado de S. Paulo (São Paulo - SP) em, em 13/03/2004

    Foi pelo menos oportuna a publicação nesta página (28/2) de meu artigo sobre "o primado dos valores antropológicos", porque, à vista das duas cartas de leitores contrários às minhas idéias, ficamos sabendo em que se baseiam os partidários do "fundamentalismo ecológico" de alguns mentores de nosso Ministério Público ao impugnarem, a pretexto de salvaguarda do meio ambiente, obras públicas e privadas que visam atender a iniciativas de inegável interesse público.

  • Como escrever com lupa e espingarda

    Folha de São Paulo (São Paulo) eJornal do Brasil (Rio de Janeiro) em, em 12/03/2004

    Muitas pessoas me perguntam quanto tempo se leva para escrever um artigo. Digo que depende. Primeiro, o tempo de procurar o tema que muitas vezes está à nossa frente, bem no nariz, e a gente não enxerga. Ele se esconde, e a procura é angustiante. Depois, há o tempo de falta mesmo de assunto, de vacas magras de fatos que esperam tratamento jornalístico. O cotidiano de jornal exige texto imediato. Sofrimento mesmo vive o cronista de cada dia, esse que tem de garimpar em pedra dura; e, se faz jornalismo de declaração, sem esta, tem que se socorrer da invenção e arriscar-se a suposições e versões.

  • Cofins, a estranguladora

    Diário do Comércio (São Paulo) em, em 12/03/2004

    Cito o poema de Carlos Drummond de Andrade. Mundo, vasto mundo, se eu não me chamasse Raymundo, seria uma rima mas não seria uma solução . Se consultarmos o manual de Valentim Magalhães sobre rimas, encontraremos todas as rimas em língua portuguesa de que necessitarmos, mas, uma vez usada essa jóia da poesia, podemos não ter a solução de que precisávamos e termos de procurar outra solução.

  • A noite, a moça e a fuga

    Folha de São Paulo (São Paulo) em, em 12/03/2004

    Pescava em cima de umas pedras que estavam dentro do lago. Olhou para trás e viu que a mulher o observava. O céu era cinzento, ameaçava chuva, a região deserta. Olharam-se nos olhos, a mulher falou qualquer coisa que o encorajasse - o que não foi preciso. Havia um atalho, penetraram no pequeno bosque de bambus - havia muitos ali. Amaram-se sem esforço.

  • O iate e a canoa

    Folha de São Paulo (São Paulo) em, em 11/03/2004

    Ainda bem que há gosto para tudo. Um milionário americano passou uns dias aqui no Rio, trazendo no bolso um iate que é maior do que um couraçado-de-bolso da 2ª Guerra Mundial. No bolso do milionário ainda sobraria espaço para iates tão colossais que poderiam comportar o Taj Mahal, a basílica de São Pedro, de Roma, e o Maracanã inteiro, com lotação esgotada.

  • Conselho empresarial

    Diário do Comércio (São Paulo) em, em 11/03/2004

    No jornal Valor Econômico, editado por nossos confrades da Folha e de O Globo, vem estampada uma notícia, segundo a qual, como fez saber o chanceler Celso Amorim, o Brasil, a África do Sul e a Índia decidiram estimular a aproximação entre os empresários dos três países para fomentar o acordo de cooperação política e econômica. Não poderia ser mais auspiciosa a notícia de procedência oficial, essa que vai fortalecer o comércio de países dele necessitados.