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Artigos

  • Zoológico fantástico

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 12/12/2003

    Com este tema, Jorge Luís Borges publicou um livro sensacional, que nada tem a ver com os bichos da terra. Eram os dele bem mais fascinantes do que os nossos.

  • Poesia e palavra

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 10/12/2003

    Precisamos da poesia. Não só de tê-la, lê-la, mas também de a discutir. Nos momentos de crise geral, como os de agora, é o poeta quem primeiro descobre o sinal da mudança. Quando estudamos e discutimos os movimentos vanguardistas em poesia a partir do Século XIX - a partir, digamos, de Beaudelaire e Rimbaud - damo-nos conta que a tranqüilidade dos que detiveram, desde então, o poder, era falsa. De um lado, Kierkegaard - desconhecido ou mal-visto - expunha as angústias que não se notavam.

  • Os donos da verdade

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 09/12/2003

    A necessidade de encher espaços nos jornais, rádios e sobretudo nas TVs criou, ou melhor, ampliou o número de pessoas entrevistadas que prestam depoimentos ou testemunhos sobre determinados fatos, comentam situações, dão aquilo que, desde tempos imemoriais, chamamos de palpite.

  • Maior ou menor?

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 08/12/2003

    Uma amiga das lides educacionais telefona e pede orientação. Ela não está entendendo mais nada, a respeito da discussão em torno da maioridade penal. Se deve ou não ser reduzida para 16 anos.

  • Um peru em Bagdá

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 05/12/2003

    Peço ao leitor que me perdoe. Ando tão por conta com o que o George W. Bush está fazendo com o seu país e conosco, que não consigo deixar de repicar o tema.

  • Canções do exílio

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 03/12/2003

    Uns dias entre Paris e Lyon, encontro e reencontro amigos que se auto-exilaram nos anos de chumbo e por lá ficaram, em parte porque se adaptaram, em parte porque desconfiam de um revertério que pode fazer o trem andar para trás.

  • Preparado para o combate, mas com dúvidas

    O Globo (Rio de Janeiro -RJ) em, em 30/11/2003

    Estou vestindo uma estranha farda verde, cheia de zippers, feita de tecido grosso. Minhas mãos estão com luvas, de modo a evitar ferimentos. Carrego comigo uma espécie de lança quase da minha altura: sua extremidade de metal possui um tridente de um lado e uma ponta afiada do outro.

  • A tecnologia facilita muito a vida

    O Globo (Rio de Janeiro -RJ) em, em 30/11/2003

    O astro-rei esparge seus raios dourados pela fímbria do horizonte e amanhece um novo e estimulante dia de trabalho. Diligentemente, o escritor se posta com orgulho diante de seu possante computador, dotado de moderníssimos recursos tecnológicos. Sim, o escritor usa a também moderníssima banda larga em sua máquina e, portanto, pode trabalhar conectado permanentemente à internet, o que lhe possibilita acesso quase instantâneo ao oceano de dados lá disponíveis para pronta consulta e garante que sua nobre missão não falhará, no momento em que necessitar fornecer alguma preciosa informação a um vasto público sequioso de conhecimento.

  • O jumento e Bush

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro -RJ) em, em 28/11/2003

    Quando visitei a finada União Soviética, Gorbatchev era o alvo da curiosidade mundial. Era o homem da Glasnost e da Perestroika. Convidou-me para um passeio pelos jardins do Kremlin. Numa pequena praça, ali estava, num modesto berço, um velho canhão da guerra de 1914, carcomido pelos anos e pela neve.

  • Uma luta

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro -RJ) em, em 26/11/2003

    O romance de Lia Persona, "Uma luta pela vida", pega o sofrimento humano num de seus aspectos mais dolorosos. Em primeiro lugar porque mostra a luta de um menino contra as dificuldades múltiplas : de andar, de falar, de ouvir, de pensar. Ao descrever como um corpo de criança é dominado por um sem-número de males, atinge a romancista um nível seguro de narração, usando o contraponto de um diário, da própria narradora, como espelho em que se refletem suas certezas e suas dúvidas.

  • A falta de bom senso

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro -RJ) em, em 24/11/2003

    Como admirador do professor Roberto Macedo, não posso calar diante dos artigos por ele escritos para um jornal paulista, a respeito da questão dos estágios dos estudantes na empresas. Li e reli os mesmos, onde encontrei muita graça nas expressões utilizadas e que não se encontram publicadas oficialmente no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (edição ABL, 1998): escraviários, escragiocratas e escrágios. Se nada resultar de prático, no que pretendo seja uma útil discussão, fica o registro para a nova edição do Volp. Levarei os termos originais para a Casa de Machado de Assis.

  • Democracias modernas ou ditaduras mesmo?

    O Globo (Rio de Janeiro -RJ) em, em 23/11/2003

    Sim, não vivemos numa ditadura. Por exemplo, hoje, havendo amanhecido com a certeza de ter motivos para falar mal do governo, posso fazê-lo livremente. Mas liberdade de expressão, ao contrário do que muitas vezes parecem querer que acreditemos, não é um presente do Estado, é um direito básico. Esse direito é (para usar o demonstrativo da preferência do presidente Lula, em lugar de “este”, como em “esse país”, expressão há muito tempo empregada por ele ao falar no Brasil e que soa sempre como proferida por alguém que observa a gente de uma perspectiva distante), como não podia deixar de ser, reconhecido por este jornal (esse também, seguramente, embora só esteja me referindo a este) e amparado na configuração jurídica do regime, também como não podia deixar de ser.

  • Pimenta não é refresco

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro -RJ) em, em 21/11/2003

    O debate sobre a maioridade penal faz parte da visão global da violência no país. Não se está discutindo uma alta indagação sobre a idade do domínio pleno da personalidade, da consciência do bem e do mal. A realidade dramática e cruel dos números revela que os jovens estão matando e sendo mortos. Cerca de 70% dos homicídios, nas duas pontas, acontecem nessa faixa etária.

  • Nem periferias, nem terceiros mundos

    O Globo (RJ), em 21/11/2003

    O encontro recém-findo entre os presidentes Lula e M'becki, na África do Sul, abriu-nos marcas críticas para este novo protagonismo brasileiro, frente ao mundo global de Bush, ou de após a sua eventual derrota em 2004.

  • Função social do contrato

    Site oficial do jurista e acadêmico Miguel Reale (www.miguelreale.com.br) em, em 20/11/2003

    Um dos pontos altos do novo Código Civil está em seu Art. 421, segundo o qual “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”.