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Artigos

  • Memória de Diogo Pupo Nogueira

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 30/08/2003

    Nascido em São Paulo, a 14 de maio de 1919, falecido dia 2 de agosto último, Diogo Pupo Nogueira foi professor-titular aposentado de Medicina do Trabalho no Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Essa perda irreparável não mereceu atenção especial por parte de nossos jornais, rádio e televisão, não obstante tratar-se de um dos maiores cientistas brasileiros, que, pelo seu saber e benéfica atuação, veio compor a notável galeria de benfeitores, em que figuram Oswaldo Cruz e Carlos Chagas.

  • Quebrar caixas

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 29/08/2003

    A tragédia na Base de Lançamento de Foguetes de Alcântara, no Maranhão, foi frustração e comoção. Foram perdas tecnológicas, científicas, de dinheiro, tempo e trabalho. Mas as perdas humanas, impossíveis de repor, doem mais. Chorá-las é pouco. Há o lado humano, da morte e das famílias. Saí dilacerado da cerimônia fúnebre de São José dos Campos.

  • Suspeita

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 27/08/2003

    O nome pode mudar, ser substituído por especulação, que não tem o sentido pejorativo da suspeita mas funciona como tal. Sendo a política o território preferencial da suspeita ou da especulação, nada demais que o cronista comente o que começa a ser suspeitado ou especulado neste final de começo do Governo Lula.

  • Clube da árvore

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 25/08/2003

    Não há dúvida, em qualquer segmento populacional, a respeito da importância da preservação ambiental. Aderir aos seus projetos, no entanto, é uma outra história. Veja-se no que ocorre com as festas de animais, em geral na Baixada Fluminense, em que se oferecem 200, 300 unidades por dia, com preços, dependendo da raridade, que podem alcançar até 100 dólares, como é o caso da arara azul, hoje bastante ameaçada de extinção. Ou, que é mais barato, o pássaro Pixoxô.

  • Tentemos o hipnotismo

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 24/08/2003

    Ai, Deus meu, estive na Bahia, minha terra, para participar da Bienal do Livro de Salvador e fiquei sem ler jornal nenhum, nem os de fora nem os locais, durante dois dias. Várias vezes, correndo o risco de ser acusado de cuspir no prato e torcer pela extinção de meu próprio ganha-pão, comuniquei aos pacientes fregueses desta coluna que ficava tão nervoso e angustiado, ao ler jornais, que abandonaria a prática na semana seguinte e aconselhava o mesmo a todos os que quisessem preservar o que ainda lhes restava de sanidade mental e emocional. Mas, claro, não posso deixar de ler jornais, não só por vício como por necessidade, assim como não pode a maioria dos outros leitores.

  • Morte em Bagdá

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 22/08/2003

    Não se cobre coerência ao terror. Esse exercício nos levaria a desmesurada confusão mental. Numa lógica linear, o último atentado a ser praticado pelos desesperados iraquianos seria à sede das Nações Unidas em Bagdá. A ONU resistiu a todas as pressões americanas para aceitar a invasão do Iraque como guerra justa. Seus inspetores esgotaram o extremo da paciência nas repetidas e infrutíferas viagens que fizeram em busca das armas de destruição em massa. As Nações Unidas recusaram-se a participar de uma farsa para descobrir os esconderijos dos artefatos que iriam levar as bombas biológicas e químicas tão desejadas por Condolezza Rice.

  • Água benta

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 20/08/2003

    Deve haver alguma coisa de errado com o atual Governo, apesar do crédito que a nação lhe deu e que os oito meses de poder ainda não revogaram - se é que as pesquisas de opinião são honestas.

  • Até isso eles vão tomar

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 17/08/2003

    Ninguém está satisfeito com o que tem. Acho que faz parte da natureza humana, daí a sabedoria popular concluir que a galinha mais gorda é a do vizinho ou, entre os povos de língua inglesa, que a grama sempre cresce mais verde do outro lado da cerca. Todo ano nos acostumamos a ver compatriotas sulistas, no dia em que neva um tiquinho numa montanha de Santa Catarina, pular naquelas pedras embranquecidas, fazendo tudo o que já viram no cinema ou mesmo nas histórias em quadrinhos. Tem gente que até larga o trabalho em outras regiões e tira uns diazinhos de férias só para ver a neve lá do Sul. E, suspeito eu, temos uma espécie de inveja coletiva dos climas onde borrascas de neve soterram carros e lagos congelam para se patinar alegremente.

  • Da culpa e do perdão

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ) em, em 17/08/2003

    Durante sua peregrinação a Meca, um homem santo começou a sentir a presença de Deus ao seu lado. No meio de um transe, ajoelhou-se, escondeu o rosto, e rezou:

  • A boa fé no código civil

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 16/08/2003

    O constante valor dado à boa-fé constitui uma das mais relevantes diferenças entre o Código Civil de 1916 e o de 2002, que o substituiu. É que aquele se baseou no anteprojeto escrito por Clovis Bevilacqua, na última década do século 19, tendo esse insigne jurisconsulto se baseado, além de no Código de Napoleão e na legislação luso-brasileira anterior, nos ensinamentos da escola alemã dos pandectistas, entre os quais figuravam os elaboradores do Código Civil alemão, o BGB que entrou em vigor em 1900.

  • O azar e o destino

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 13/08/2003

    Hotéis, hospitais e até mesmo alguns edifícios comerciais, seguindo a paranóia americana que sataniza com a mesma violência tanto o cigarro como os estrangeiros suspeitos de atos terroristas, há muito aboliram o 13 andar, e já andei num navio que pulava da ponte 12 diretamente para a 14 - não sei porque, nos navios, os andares são pontes.

  • Os sistemas

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 11/08/2003

    Numa era de transparência, que se confunde com um desenfreado e irresponsável denuncismo, vale a pena refletir sobre a missão do Sistema S (Senac, Sesc, Senai, Sesi, Senar, Sest e Senat) no processo de desenvolvimento do País. Principalmente no que tange à nossa grande prioridade, que é a educação, capaz de levar o País ao progresso.

  • Quando quarta-feira chegar

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) em, em 08/08/2003

    Não há como esconder a gravidade da depredação do edifício do Congresso Nacional e da tentativa de sua invasão. Mostra o episódio a vulnerabilidade das dependências da Casa e, conseqüentemente, do seu funcionamento.

  • O Brasil na crônica

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 05/08/2003

    "Crônica" era "relatório", "narrativa", "reportagem", com histórias de naufrágios, de uma batalha, de uma terra descoberta e dominada, de uma aventura.

  • Reformas e crises

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 05/08/2003

    Não é data redonda, mas são 49 anos daquele 5 de agosto que iniciaria a maior crise política do Brasil, com a morte do major Vaz na rua Tonelero, a qual, 19 dias mais tarde, provocaria o suicídio do presidente Getúlio Vargas.