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Artigos

  • As senhoras têm assunto

    Do Oiapoque ao Chuí, as senhoras dedicadas a causerie estão agora com a agenda cheia, podendo falar à vontade, graças às aventuras de Renan Calheiros, presidente do Senado brasileiro, e Mônica Veloso, comunicadora, 38 anos, que tem uma filha de três anos com o senador. O que se viu na entrevista franca da jornalista Mônica foi a preocupação em deixar claro que Renan não fornecia dinheiro público, mas sim dinheiro de uma empresa particular com negócios no governo e habituada ao lobismo em números altos.

  • Lições da Rio-92

    No dia 14 de junho, há 15 anos, encerrou-se a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. A Rio-92 inaugurou o ciclo das importantes conferências sobre temas globais patrocinadas pela ONU na esperançosa década de 90. Foi a primeira grande conferência diplomática pós-guerra fria e por esta razão não foi moldada pela polaridade Leste-Oeste. Teve alcance inovador, como, por exemplo, a assinatura da Convenção sobre Diversidade Biológica, e desdobramentos importantes. O mais notório foi a antecipação da ameaça do aquecimento global. Este teve na Rio-92 o seu enquadramento inicial, com a assinatura da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, que tratou da estabilização do lançamento de CO2 na atmosfera.

  • A balzaquiana revisitada

    Aos 30 anos, a mulher é jovem. O encanto da balzaquiana hoje estende-se a outras faixas etárias. Mulheres de 40, 50, 60 podem perfeitamente viver grandes casos de amor

  • De volta ao calçadão?

    Espero que este domingo esteja um dia meteorologicamente irretocável, um sol quase de verão amenizado por ares outonais. Sempre espero mais ou menos isso, aliás, mas é freqüente que não me dê bem na previsão e o domingo só seja propício para os espíritos melancólicos, que sentem estranho prazer em contemplar sozinhos a paisagem penumbrosa e úmida, a chuva escorrendo pela vidraça e ocultando o horizonte, talvez uns versos de Lupicínio Rodrigues insistindo em ser cantados no fundo da mente, lembranças enevoadas e frias enxameando em torno da cabeça. Porque os melancólicos também são filhos de Deus, dias assim não deixam de ter seu valor e serventia, sublinhando a sutil sabedoria da frase de meu amigo Benebê, que às vezes a repete em tertúlias no bar de Espanha, em Itaparica. "O mundo é perfêtcho", diz ele, em seu impecável sotaque do Recôncavo, e ninguém ousa contestá-lo, inclusive eu, naturalmente.

  • Na fila do supermercado

    Eu tenho uma amiga americana de minha geração, D.H., que viveu todas as loucuras dos anos 60 e 70: drogas, sexo, rock’n roll, excessos de todas as maneiras. Embora ainda use suas roupas de hippie, hoje é uma dona de casa em paz com a vida, bem casada há muitos anos, com filhos adultos. Consegue – como todos nós que vivemos este tempo ainda conseguimos – enxergar que o extraordinário reside no caminho das pessoas comuns.

  • Renan está sangrando

    RIO DE JANEIRO - Não se trata de um juízo pessoal e definitivo sobre o caso do presidente do Senado. Ele deu explicações abundantes, seus pares aceitaram suas provas e tudo parecia indicar um desfecho honroso que livraria a barra e a cara do parlamentar alagoano.

  • Marly e a poesia brasileira

    A morte calou uma das maiores vozes poéticas deste País quando levou Marly de Oliveira no começo deste junho. Lembro-me como se fosse hoje quando Zora e eu recebemos em casa a jovem Marly, há mais de meio século, e tivemos em mãos seus primeiros versos, ainda não publicados e escritos a mão num caderno de estudante.

  • Nosso eterno amigo, o livro

    O semiólogo italiano Umberto Eco afirmou certa feita que o livro, "depois de ser inventado, vai-nos acompanhar por muito tempo". Penso, entretanto, que essa companhia será para sempre, pois, assim como a televisão não fez desaparecer o rádio, nem o cinema impediu que o teatro continuasse a ser arte tão antiga quanto admirada, a cultura digital não eliminará o livro.

  • Renan e Mangabeira

    RIO DE JANEIRO - "O Senado está tranqüilo, trabalhando normalmente, e é isso o que o povo quer". A declaração foi feita na manhã de ontem, na CBN, pelo ainda presidente daquela casa do Congresso, Renan Calheiros. Acredito que ele esteja mal informado. Há mais de duas semanas que os senadores estão engolfados num dos processos mais complicados de sua história.

  • Classifica ou desclassifica?

    Autoridades que lidam mais de perto com os problemas da educação infantil, entre nós, estão empenhadas numa campanha no sentido de proteger  crianças e adolescentes dos excessos cometidos pela oferta desmesurada de programas, na mídia eletrônica, que são incompatíveis com as respectivas faixas etárias. O objetivo é subsidiar as famílias na tarefa cada vez mais complexa de educar filhas e filhos, adotando a máxima que no Brasil virou lei: “a educação  deverá ser dada no lar e na escola.”

  • O mundo vai acabar

    OS ISRAELENSES compradores de papéis antigos descobriram um manuscrito de um senhor Isaac Newton -o autor da teoria da gravidade- dizendo que o mundo vai acabar em torno de 2060. Esse senhor -já que hoje é necessário verificar, diante de tantas operações, se ele não está envolvido em uma delas, quem sabe, a Furacão- é um homem de boa ficha. Edmond Halley, o que deu nome àquele cometa que aparece por aqui entre 74 e 78 anos, dizia dele que "mais próximo de Deus nenhum mortal pode chegar". Halley também foi um desses.