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Artigos

  • Dona Dilma

    Inevitável um comentário sobre a principal notícia da semana, que deu louvável transparência à doença da ministra Dilma Rousseff. Os entendidos em política já se manifestaram e continuarão cometendo prognósticos que envolvem a próxima sucessão presidencial. Não é a minha praia.

  • Espaço Vital

    Durante 53 anos William e Susan haviam vivido juntos. Uma vida tranquila, pacata, mas feliz. Nisso ambos estavam de acordo: tanto quanto um casal pode ser feliz, eles eram felizes. Mas então William adoeceu, uma doença cardíaca grave, e aí ficou claro para ambos que, muito breve, ele poderia despedir-se da existência. O que enfrentou sem mágoa: homem religioso, considerava-se preparado para partir desta para a melhor, como declarava aos amigos e à mulher. Não imaginava, porém, o dilema que o destino lhe reservava.

  • O acordo simplifica

    RIO - Antes de mais nada, devo explicar que o título deste artigo não tem nada a ver com a apresentadora Xuxa, que vi nascer como artista na TV Manchete e hoje brilha na TV Globo. Tenho saudades do Clube da criança.

  • Os porcos não perdoam

    RIO - Com Jared Diamond, aprendemos que a evolução da humanidade foi controlada e influenciada pelos germes. O homem criou condições para o desenvolvimento dos germes ao conviver com rebanhos e domesticar animais, e desde então eles atacam em ondas periódicas, destruindo e dizimando. Malthus, no seu prognóstico de que a população da Terra cresceria de maneira insustentável, previa que ela seria regulada pelo aniquilamento dos pobres (dizia com a dureza britânica) pelas guerras, fomes ou epidemias. Evidentemente essa profecia foi conjurada.

  • O promíscuo perdão de Lugo

    O Presidente Lugo não perde pompa nem páramo ao pedir perdão, frente à paternidade que lhe cobram os tribunais. Justifica-se, invocadas as contradições do processo histórico, e do curso da civilização, e nem faz por menos no exibirmos a sua culpa. E vai a Terêncio, o clássico romano, enquanto, "como homem", não se pode excluir de qualquer pecado. Nem se exila, no que pede o nosso entendimento e tolerência. Omporta menos à opinião pública o quebrar compromissos, e as promessas, do estado religioso, ou leigo, e sim o descaso e desamparo das mulheres e das indigitadas filiações, deixadas ao abandono ou ao silêncio. Ficariam estes lances - não fosse o escândalo - como páginas canceladas na vida do Presidente, que promete a mudança e a redenção do Paraguai.

  • Doentes e doenças

    Quinta-feira passada, na sessão habitual da Academia Brasileira de Letras, presentes dois médicos acadêmicos, Ivo Pitanguy e Moacyr Scliar, comentou-se aquilo que os jornais estão chamando de “pandemia”: a gripe suína. Na condição de sanitarista, Scliar explicava o que podia e dava conselhos genéricos aos colegas, que, apesar de imortais, muito se preocupam com tudo aquilo que ameaça a própria e discutível imortalidade.

  • Águas e crise

    Tom Jobim nos encantou com as águas de março. O Nordeste e o Norte viveram e vivem o que não há na memória da região de tantas chuvas e tantas enchentes. Todos os povos guardam no imaginário do seu povo o tempo de uma grande enchente que engoliu a Terra. Os espanhóis ouviram dos astecas essa lembrança. Os nossos primeiros cronistas, Abbeville à frente, nos falam dessas águas como se fosse uma lenda indígena.

  • Carisma e sucessão presidencial

    A sucessão presidencial prescinde, hoje, da relação entre Lula e o partido, diante do castigo dos favores públicos que derrubou com o mensalão, o jogo de mediações previsto pela mobilização inicial do petismo. Doutra parte, o carisma não é intrinsecamente da pessoa, mas da saga em que a visão popular não dissocia Lula do "Lula lá".

  • Gripes e Gripados

    Apesar dos muitos e desnecessários anos que carrego nas costas, não cheguei a este mundo a tempo de pegar a espanhola, com a qual a gripe suína, agora com um nome cabalístico e esterilizado, vem sendo comparada. As duas nada têm a ver, pelo menos até agora, e pelos depoimentos dos contemporâneos da peste.

  • Um defensor da educação feminina

    Autor do livro 'A educação nacional', José Veríssimo discutiu intensamente, no Jornal do Brasil, a reforma da educação pública, a partir das ideias positivistas de Benjamin Constant, a quem ele atribui o máximo de liberalismo.

  • Vozes da educação

    Tem razão o repórter Bráulio Lorentz, do “Jornal do Brasil”, quando se refere à principal prioridade que procuramos transmitir aos leitores do livro “Vozes da Educação” (Editora Altadena, 2009). Sem dúvida, é o direito à educação – e de qualidade – o que tem sido subtraído da maioria da população brasileira. Os resultados dos exames do Enem, com a debacle das escolas públicas, sobretudo as pertencentes aos sistemas estaduais, constituem a melhor comprovação do que afirmamos.

  • Opinião e público

    RIO DE JANEIRO - Deputado federal desconhecido irritou a mídia ao declarar que estava se lixando para a opinião pública. No fundo, quis dizer que se lixava para a própria mídia, que segundo ele, não forma nem informa a dita opinião pública.

  • Dilma, a opção é já

    RIO - Vivemos nestes dias ineditismo político de efeitos decisivos sobre o longo prazo do país. A candidatura Dilma deixa de ser um debate de gabinete presidencial, para a chegada de seu nome a uma onda nacional de expectativa e reconhecimento. Qualquer que seja o desfecho de sua permanência, desapareceu a discussão da viabilidade do nome à sucessão de Lula. Haverá, na pior das hipóteses, um candidato pós-Dilma, na acolhida do inconsciente coletivo do país ao que seja a sequência do presente governo.

  • Saúde e Justiça

    Se existe área em que a desproporção entre recursos disponíveis e necessidades a serem atendidas chega a ser desesperadora, esta área é a saúde pública. Todos que ali trabalham ou trabalharam sabem: qualquer que seja o país, qualquer que seja a região simplesmente não dá para prover medicamentos, ou leitos hospitalares, ou próteses, para todos que disso necessitam. E assim chega-se à difícil situação: é preciso decidir o que será feito primeiro.