
O futuro virando presente
Daqui por diante - e por algumas centenas de anos - o Universo vai ajudar os guerreiros da luz, e boicotar os preconceituosos.
Daqui por diante - e por algumas centenas de anos - o Universo vai ajudar os guerreiros da luz, e boicotar os preconceituosos.
A delação premiada do ex-ministro de Lula e Dilma Antonio Palocci parece ser uma bomba de efeito seletivo, e por isso os procuradores de Curitiba não a aceitaram. Mas a Polícia Federal considerou que a seleção, que, por exemplo, evita acusações a pessoas com foro privilegiado, não invalidava as outras denúncias, e agora caberá ao juiz Sérgio Moro decidir se homologa ou não o depoimento.
Em recente seminário na Universidade Harvard, em Boston, numa mesa em que se discutiam os crimes de colarinho branco, alguém da platéia perguntou qual é o meio termo entre a exigência muito estrita de uma contrapartida específica para a corrupção, e uma leitura tão ampla que possa levar à criminalização da política.
A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal de tirar da jurisdição do juiz Sérgio Moro, de Curitiba, partes da delação da Odebrecht, sob a alegação de que não têm relação com a corrupção da Petrobras, abre um caminho perigoso para a sociedade e benéfico para Lula, que pode chegar até à anulação da condenação do ex-presidente pelo TRF-4.
Cacá Diegues está voltando em breve a Cannes com seu “Grande circo místico”, 54 anos depois de participar do XVIII Festival de Cinema — ele, com “Ganga Zumba”; Glauber Rocha, com “Deus e o diabo na Terra do Sol”; e Nelson Pereira dos Santos, com “Vidas secas”.
Amanhã pode ser armada uma tempestade perfeita no Supremo Tribunal Federal, quando estarão em julgamento dois temas delicados para o futuro institucional do país. É provável que não haja tempo para tratar dos dois assuntos na mesma sessão, ou outra circunstância impossibilite o julgamento de um deles, mas é sempre bom ficar alerta.
Não há tema mais candente, neste momento, do que a escalada, sem volta, das direitas em todo o mundo. E, a ratificá-la, viram todos, nos jornais, a vitória do primeiro-ministro Orbán, na Hungria, consagrando 97% dos votos da expressão política do país.
Num momento em que os advogados estão na berlinda, tão criticados quanto necessários nesses tempos de Lava Jato, o advogado José Roberto Castro Neves não faz por menos.
Estamos vivendo tempos estranhos, vive repetindo o ministro Marco Aurélio, em tom crítico, quando alguma coisa acontece no plenário do Supremo com que ele não concorde.
De tudo o que aconteceu em abril do ano passado durante a palestra do deputado Jair Bolsonaro no clube Hebraica do Rio de Janeiro, o mais estarrecedor não foi nem o que ele disse e que levou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a pedir há pouco ao STF sua condenação a três anos de prisão e multa de R$ 400 mil pelos crimes de racismo contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e gays.
A piscina do diabo - Estou olhando uma bela piscina natural perto do vilarejo de Babinda, na Austrália. Um jovem índio se aproxima.
É como se após uma sufocação, voltássemos a respirar ar fresco. Vínhamos há muito tempo condenados a uma polarização alimentada pelo ódio e pelo medo, sentimentos corrosivos, que dividem pessoas e sociedades.
Duas bombas foram desarmadas ontem no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), uma pela argúcia do ministro Luis Edson Fachin, auxiliado pela presidente Cármem Lúcia, outra pela maioria mais uma vez apertada de 6 a 5.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que ontem teve uma sessão sem grandes divergências e num clima ameno começou a decidir se cabem embargos infringentes nos julgamentos das Turmas, vai voltar ao olho do furacão na próxima semana quando uma nova Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) com liminar, impetrada pelo PCdoB, deve ser apresentada para o plenário.
A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de, por unanimidade, aceitar a denúncia contra o senador Aécio Neves, tornando-o réu de uma ação penal por corrupção ativa e obstrução da Justiça devido a um suposto empréstimo recebido em malas de dinheiro de Joesley Batista é um duro golpe não apenas no ex-candidato tucano à presidência da República como em todo o PSDB.