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Artigos

  • Vilaça presidente

    Tribuna da Imprensa (RJ), em 09/09/2008

    Os dois anos em que Marcos Vinicios Vilaça foi presidente da Academia Brasileira de Letras estão hoje registrados no livro "Para além do pórtico". Assim, parte de suas viagens no exercício da Presidência da Casa de Machado de Assis aparece narrada e explicada, o que dá a seu livro não só um testemunho de um trabalho, mas também um retrato fiel do que é a realidade da Academia Brasileira de Letras e de que maneira exercem os acadêmicos as suas atividades.

  • Pão e circo

    O Globo (RJ), em 07/09/2008

    Juvenal, o poeta romano que pela primeira vez escreveu a frase, repetida há quase dois mil anos e aqui lembrada de forma muito livre, segundo a qual o povo quer mesmo é pão e circo, ou seja, comida e diversão, não era um aristocrata desdenhoso. O fato de sua vida ser misteriosa até hoje vê-se como indício de que foi perseguido pelos poderosos — e no tempo do imperador Domiciano, que, sob muitos aspectos, não era flor que se cheirasse.

  • A música como vocação

    Zero Hora (RS), em 07/09/2008

    Famílias musicais são um fenômeno freqüente e impressionante. Na música erudita, a família Bach é o exemplo clássico, que se repete, contudo, na música dita popular.

  • "J.O."

    Diário de Pernambuco, em 07/09/2008

    Na década de 60 coloquei um terno muito chinfrim, enfardelei expectativas culturais e fui com Mauro Mota e Gilberto Freyre conhecer José Olympio, a Editora, a Cantina Batatais e sentir o clima, a inigualável atmosfera J.O.Vinha do Recife para o meu Rio. Aquela época já era encantado pelo meu Rio. Hoje sou, ainda mais. E as expectativas se confirmaram. Comecei a ver ao vivo, sem retinas no meio, autores que conhecia só nos livros. Foi uma alegria. Fiquei honrado e honorado. Só J.O. não me deu muita importância. Também eu não tinha importância alguma.

  • Maletas e mulatas

    Jornal do Brasil (RJ), em 05/09/2008

    Antigamente, as discussões políticas eram mais suaves. Dom Pedro 2º machucou-se numa viagem à Europa e, na volta, desembarcou de muletas. Os jornais noticiaram a recuperação do imperador, mas um deles, graças a esses antigos pastéis de imprensa, trocou um detalhe importante. A prova de sua recuperação, dizia a notícia, era que Sua Majestade já estava andando, sustentado por duas “muletas”. Pois, não é que em vez de “muletas” a notícia informava que o imperador saíra apoiado em duas “mulatas”! Foi o bastante para que se ameaçasse a liberdade de imprensa e que a discussão se resumisse a saber se o erro fora intencional ou não.

  • McCain entre a honra e o horror

    Jornal do Commercio (RJ), em 05/09/2008

    Neste ano eleitoral inédito nos Estados Unidos avulta o maciço apoio da grande mídia à candidatura Obama. O "New York Times", o "Washington Post", o "Los Angeles Times", mantendo a neutralidade objetiva da informação, entremostram a simpatia pelo candidato democrata, marcado por um voto opção. Esta convicção mais se reforça, hoje, no teor da cobertura dada pela "Time" a McCain, nos dias da sua sagração como candidato do status quo. E, ao seu lado, a da absoluta confirmação da linha dura que assume o voto do GOT com o nome apontado para a Vice-Presidência.

  • A hora dos valores éticos

    Jornal do Commercio (RJ), em 05/09/2008

    Se é verdade que o homem só se torna homem pela educação, devemos estar empenhados na sua melhoria. Em nossa sociedade pluralista, há diferentes formas de valoração, reconhecido que não podemos viver sem um sistema adequado de crenças e valores. A crise atual pela qual passa a Educação coloca esse processo diante de uma indesejável ruptura.

  • O que ele não disse

    Folha de S. Paulo (SP), em 02/09/2008

    RIO DE JANEIRO - O maior gênio que andou por nossas terras foi o jesuíta Antônio Vieira, do qual estamos comemorando os 400 anos de seu nascimento. Imperador da nossa língua, segundo Fernando Pessoa, foi mais brasileiro do que português. Será redundante comentar sua personalidade e sua obra. Pinço apenas um pequeno trecho de um de seus sermões: “Isto foi o que Cristo disse. Atentai agora para o que ele não disse”.

  • Lagostas e frangos

    Folha de S. Paulo (SP), em 31/08/2008

    RIO DE JANEIRO - Se o Supremo Tribunal Federal, ocupando o vácuo legislativo, se preocupa com o uso das algemas, nada demais que a mídia se interesse pela palpitante questão do cardápio servido a um banqueiro que está na prisão esperando julgamento.

  • Uma novidade atrás da outra

    O Globo (RJ), em 31/08/2008

    Não que eu goste tanto atualmente, embora seja viciado, mas todo dia me vejo na obrigação de ler uma porção de jornais, catando assunto sobre o qual lançar a luz do meu entendimento, ou - hélas! - no ver de muitos, as trevas de minha burrice. Mas hoje não. Hoje tem uma pilha de jornais virgens aqui na mesinha atrás de mim. Como metaforizaria um mestre qualquer da nossa prosa cotidiana, não é que me falte o Viagra da curiosidade e do interesse pelo que se passa no mundo, mas me sobeja vasto harém de fatos notáveis, momentosos, assombrosos e semelhantemente adjetiváveis, de maneira que se requer grande virilidade cívico-jornalística de minha parte e, já no avançado de minha idade, sou forçado a obedecer a naturais limitações.

  • Depois do fundamentalismo ambiental

    Jornal do Commercio (RJ), em 29/08/2008

    No quadro, hoje, do desenvolvimento sustentado vencemos uma nova barreira qual a do fetichismo ambientalista. No âmbito ainda de uma maturação cultural é conhecido o fenômeno da sofreguidão em nos apossarmos, numa primeira sideração dos reclamos das ditas linhas de ponta da civilização ou da modernidade. Ao avançarmos na consciência cívica nacional assumimos a defesa dos direitos humanos, seguido das exigências sociais, da luta contra a exclusão e o empenho da desconcentração da riqueza, herdada ainda da nossa velha condição semicolonial.

  • A vingança do homem invisível

    Folha de S. Paulo, em 25/08/2008

    Grupo cria material para invisibilidade. Quando a personagem Mulher Maravilha apareceu em gibis pela primeira vez, pilotando um avião invisível, em 1942, a tecnologia para anular a imagem de um objeto ainda era algo impensável. Um estudo agora publicado, porém, mostra que a tarefa já é possível. Construir aquela aeronave, que saiu dos quadrinhos para se tornar o sonho dos militares, pode ser agora só uma questão de tempo. Projetando um material especial que é capaz de desviar raios de luz de uma maneira inusitada, um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia obtiveram, pela primeira vez, um objeto capaz de dobrar a luminosidade "para trás", criando a invisibilidade. Folha CiênciaAvisado de que muitas empresas estavam interessadas na nova tecnologia da invisibilidade, o pessoal do laboratório resolveu apressar o ritmo das pesquisas. Trabalharam dia e noite e por fim conseguiram o seu objetivo: uma espécie de vestimenta que cobriria uma pessoa da cabeça aos pés e que, desviando qualquer luminosidade, tornaria essa pessoa invisível.

  • Memória de Caymmi

    O Globo (RJ), em 24/08/2008

    Infelizmente, a linguagem é linear e as coisas têm que ser contadas em sucessão - Que fazer, a gente vive no tempo - há sempre um "antes", um "durante" e um "depois" - Mas eu gostaria que fosse possível fotografar uma amizade de mais de quatro décadas, como a de Dorival Caymmi comigo. Não filmar, cujo resultado, por mais que inventem truques engenhosos, tampouco escapa da linearidade, mas fotografar mesmo. É como se tudo pudesse ter sido simultâneo, do jeito em que agora está na minha cabeça. Não me ocorre uma sucessão ou conjunto de fatos, me vem somente uma espécie de claridade alegre, risonha, festeira. E não há como transmitir isso a ninguém.

  • Cara inchada

    Folha de S. Paulo (SP), em 24/08/2008

    RIO DE JANEIRO - Bateu fundo no orgulho nacional a derrota do Brasil frente a Argentina por três a zero -uma goleada light, mas que não deixa de ser uma goleada. Pior mesmo é que a nossa seleção, na opinião de Maradona e na opinião de muitos interessados (que somos todos nós), nunca se apresentou tão desfalcada de craques, sem falar na ausência dos supercraques que o mundo se habituou a admirar com a camisa amarela.