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Artigos

  • Mau pagador de promessas

    Parece que durou pouco o empenho de Lula em colaborar com os governadores do Sudeste no combate à violência. Citando nominalmente o caso do Rio de Janeiro, ele classificou o banditismo de terrorismo, abrindo uma larga frente de operações do governo federal na ajuda aos governos estaduais que mais sofrem com o crime organizado.

  • Educação de Qualidade

    Foi uma bonita posse, em Brasília. Os discursos e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na data solene, revestiram-se da fundamental característica de sinceridade. Inclusive quando falou demoradamente sobre os seus planos de dar ao país uma educação de qualidade. Não temos lembrança de quem tenha prometido tanto, no início de um mandato de quatro anos.

  • Opinião: Chávez em seu labirinto

    Quando discutíamos com Alfonsín e Sanguinetti, em 1985, o que seria a integração da América Latina, a começar pelo Cone Sul, duas coisas surgiram como excludentes de quaisquer outras: a democracia e o crescimento. Era um tempo em que quase a maioria dos países desta área eram ditaduras. Tínhamos duas pedras grandes em nosso caminho: o Chile de Pinochet e o Paraguai de Stroessner. A cláusula democrática os excluiu, apesar de participarem do nosso espaço econômico e geográfico. A democracia era prioritária. Eu mesmo afirmei nas Nações Unidas que o caminho do desenvolvimento passava pela democracia. "Crescer juntos" foi nosso slogan.

  • Em defesa do padrão nacional

    Não entendo nada de mulher, claro. Aliás, ninguém entende, nem mesmo Freud, que, num momento de aparente exasperação, perguntou o que as mulheres querem e morreu sem saber. Por sobre isso, mister se faz ressalvar que as considerações abaixo são feitas apenas por um amador, esforçadíssimo mas jamais um craque junto a elas, não contando com a experiência de certos amigos meus (alguns já finados, devem ter morrido disso), muito mais afeitos ao convívio com o afamado Eterno Feminino. Para parco consolo nosso, creio que minha condição é partilhada pela maioria dos cada vez mais perplexos machos da espécie. Somos mais ou menos como torcedores de futebol - temos teorias que julgamos irretorquíveis, mas bem poucos somos bons de bola.

  • O Sertão de Rosa

    Há quarenta anos Guimarães Rosa nos deixava, menos de uma semana depois de haver tomado posse na Academia Brasileira de Letras. Durante os dois meses anteriores, havíamos estado juntos quase que diariamente, Jorge Amado, Rosa e o autor destas linhas. Éramos componentes da comissão julgadora do Prêmio Nacional Walmap, para romance inédito, o mais importante da época.

  • Opinião: Um segredo energético

    Uma vez o comandante Maranhão, pioneiro na exploração do táxi-aéreo, inventor e iluminado, procurou-me para dizer que descobrira um novo combustível que ia desbancar o petróleo. Queria registrar a patente, receoso que fosse roubada. Procurei dele uma pista qualquer para entender o seu delírio. Ele pedia garantia total de sigilo, que eu não falasse a ninguém. Só entregaria os detalhes ao presidente da República. Seu invento ia revolucionar o mundo. Ele gozava do prestígio ser o único piloto que sabia cair: três vezes sem vítimas e em segurança!

  • Lembrando Elis

    “A garotinha do bairro do IAPI, de Porto Alegre, chegou longe. Mais do que isso: transformou seu nome numa fase memorável da música popular brasileira, fase que transformava em canções as expressões mais autênticas de nosso povo”

  • Educação para o trânsito

    A cada dia acordamos com novidades a respeito dos excessos cometidos em nossas estradas ou caminhos urbanos onde o perigo está presente, sobretudo no comportamento de jovens em geral bêbados ou drogados. Sem contar os pais irresponsáveis que entregam seus carros a menores de idade, sem receio das conseqüências, muitas vezes trágicas.

  • Sobre o secretário-geral da ONU

    Ban Ki-moon, diplomata de profissão e antigo ministro das Relações Exteriores e do Comércio da Coréia do Sul, que teve na sua eleição o apoio da China e dos EUA, assumiu neste mês de janeiro o cargo de secretário-geral da ONU. Sucede ao ganense Kofi Annan, que cumpriu dois mandatos e exerceu o cargo de 1997 a 2006. Num cenário internacional de tensões difusas e incertezas crescentes, “o mundo não dá a ninguém inocência nem garantia”, para me valer das palavras de Guimarães Rosa. Daí a pertinência de examinar as funções e o papel que pode exercer o secretário-geral no plano mundial.

  • Quatro histórias passadas no Japão

    Concorrendo com os americanosAo visitar o Japão, para promover O Diário de um Mago, perguntei ao editor Masao Masuda, por que os japoneses conseguiram conquistar mercados que antes eram dominados pelos americanos.

  • A palavra em Shakespeare

    Ganhou a bibliografia shakespeariana, entre nós, mais um estudo indispensável para o conhecimento de sua obra. É "A linguagem de Shakespeare", de Frank Kermode, que sai no Brasil em tradução de Bárbara Heliodora. Kermode, grande estudioso da palavra como elemento poético (veja-se o seu "No appetite for poetry") analisa a linguagem do bardo e, com isto, revela a força vocabular de sua obra.

  • Opinião: Um Congresso que não engana

    A luta pela presidência da Câmara mudou drasticamente o comando da iniciativa do novo período governamental. E, significativamente, a bem do próprio Congresso, este desmoralizado ator do centro da Praça dos Três Poderes, como rezou a fieira de escândalos destes últimos dois anos. É o Legislativo das clientelas eleitorais remanescente que cata os seus pedaços e se rearruma para fazer frente ao Executivo, renovado na força e no desimpedimento do presidente. Este foi à sabedoria do anticlímax; não se deixou pear pelas escolhas de ministério; pescou e repescou em Guarujá, a cuidar do lance de partida para o segundo mandato.

  • O Martírio de Branca Dias

    O acadêmico e crítico literário Antonio Olinto, a quem dedicamos o livro, foi gentil ao proclamar que se trata "de uma obra das mais contundentes da nossa literatura sobre a Inquisição no Brasil". Acrescenta que ficou fascinado pela visão ao mesmo tempo realista e analítica do Brasil, tal qual se apresentava nos seus primeiros anos de existência.

  • O livro resiste

    ELIO GASPARI , há alguns anos, escreveu que duas coisas jamais desapareceriam: o livro e o jornal. Eles venceriam todas as tecnologias de informação e com elas disputariam o seu espaço. Li, ontem, em Clóvis Rossi, que a crise dos jornais fez parte da agenda do Fórum Econômico de Davos, com a conclusão de que ainda não é hora do suicídio. Eterna vida.