
Vilaça: Virtuoso e Virtual
Se há um setor que provoca encantamento, nas ações de Marcos Vinicious Vilaça, no comando da Academia Brasileira de Letras, é o que se refere ao mundo da cibernética.
Se há um setor que provoca encantamento, nas ações de Marcos Vinicious Vilaça, no comando da Academia Brasileira de Letras, é o que se refere ao mundo da cibernética.
Quando Joseph Campbell, o mais conhecido estudioso de mitologia de nosso tempo (e autor, entre outros livros, do excelente O Poder do Mito) criou a expressão “siga sua bênção”, ele estava refletindo uma idéia cujo momento parece ter chegado. Em O Alquimista, esta mesma idéia está sob o nome de Lenda Pessoal.
RIO DE JANEIRO - Um amigo italiano pediu-me para traduzir "mascalzone", classificação que equivale a patife, a canalha. Num primeiro instante, traduzi por "vigarista" -e logo me curvei ao peso de graves responsabilidades semânticas.É evidente que, em versão grosseira, tudo estaria certo, mas, em nossa língua, "vigarista" tem sutilezas que escapam a qualquer outra classificação lingüística, mesmo em se tratando de um idioma próximo ao nosso, como o italiano. Vigarista, todos nós sabemos, vem do conto-do-vigário ancestral, a lábia do sujeito que empulha o outro com uma história complicada e fantástica e dela tira vantagens.
RIO DE JANEIRO - A visita de Bento 16 à Turquia foi o seu primeiro e mais bem-sucedido gesto de chefe de Estado, mostrando que Joseph Ratzinger não é apenas um intelectual da teologia nem um inquisidor das coisas da fé. Como líder religioso, ele sabia que as multidões não o esperariam na missa que rezou no santuário da Virgem Maria, próximo das ruínas da cidade histórica de Éfeso: juntou apenas 250 convidados.
A Turquia, como bem definiu o papa Bento XVI, é considerada a ponte entre o Ocidente e o Oriente. Com um pé na Europa e outro na Ásia, o país possui representativas comunidades muçulmana e cristã ortodoxa. Nesse cenário, em tempos de acirramento do choque de religiões, a visita do líder da Igreja Católica a Ancara, Éfeso e Istambul ganha importância. O pontífice alemão não é versado na diplomacia com João Paulo II, que desde os tempos de comunismo em sua Polônia natal aprendeu a lidar com desafetos e ideologias distintas. Portanto, tem um desafio muito maior.
Conheci no Amapá dois tipos inesquecíveis. O Banana, que de banana não tinha nada, e o Frank de l'Amour, cantor de chapéu malandro que só falava em francês e cantava velhas canções de Piaff. Há duas semanas, emocionado com os sons de La vie en rose, caiu vítima de um enfarte fulminante. Aos 25 anos, Frank de l'Amour viajou com sua alegria. Deixou lembranças e saudades.
É doloroso passar pelos corredores vazios, salas fechadas, maltratadas, tudo ao abandono.
Procurado por Sandra Teixeira, logo no começo da feitura deste livro, para ele escrevi prefácio em que falo da palavra.
Como John Wayne ou Jean Gabin, ele se fixaria num tipo: o do brasileiro gingado, com muitos macetes e nenhum caráter.
Aprendi a agradecer os bons momentos. E o Encontro das Academias, realizado mês passado em Lisboa, foi um deles: nossos dois países, nossas duas instituições, nossa língua o proporcionaram. Testemunhamos o enlace de interesses que são partilhados aquém e além-mar.
RIO DE JANEIRO - A direção de um colégio mandou instalar câmeras de TV nos banheiros do estabelecimento. O motivo seria o de impedir atos de vandalismo, muito comuns em escolas, aeroportos, cinemas e outros locais públicos. De quebra, amplia a fiscalização do uso de drogas e atos ditos indecorosos.
RIO DE JANEIRO - Profissional do ramo, comendo o meu pão de cada dia por causa das muitas palavras que sou obrigado a escrever, já me desencantei com elas, as grandes palavras.
Um clima de bodas jubilares parece tomar conta do novo governo, ora em preparo. Estaria talvez cedendo às celebrações do consenso, condizente com o quorum massacrante da reeleição. Mas até onde o governo de mudança pode aceitar esse pressuposto das velhas Uniões Nacionais, em que o triunfo nas urnas envolvia o pacto de permanecer-se no mesmo lugar? Ou melhor, dos ministérios clássicos do status quo rotativo, sinônimo do entra e sai também das clientelas para aproveitar-se, em turnos, do aparelho de poder?
Experimentamos, na busca do contato direto com professores e alunos do sistema estadual de educação do Rio de Janeiro, duas sensações distintas: a primeira, de 1979 a 1983, quando por quatro anos integramos o Governo Chagas Freitas; a segunda, por nove meses, quando fizemos parte do Governo Rosinha Garotinho. É claro que o tempo de permanência nos cargos influiu de modo decisivo em ambas as performances. No primeiro caso, inauguramos 88 escolas; no caso mais recente, com incríveis dificuldades financeiras, não passamos de oito, embora 18 tenham praticamente ficado prontas para ser reinauguradas.
“Hipócrates, o pai da medicina, já afirmava que o clima da região, o alimento que a pessoa ingere, a maneira como ela vive, enfim, tem tudo a ver com o estado de saúde”