
O otimista num boteco do Leblon
- Ih, achei que estava chegando cedo e já encontro vocês todos esbravejando e xingando o governo e falando mal de tudo, que coisa!
- Ih, achei que estava chegando cedo e já encontro vocês todos esbravejando e xingando o governo e falando mal de tudo, que coisa!
A gente pensa que padrões de beleza dependem exclusivamente de gostos pessoais, de idiossincrasias. É verdade, mas só em parte. Quando achamos uma mulher bela, não estamos apenas aplicando padrões estéticos pessoais. A cultura também nos influencia, e, antes da cultura, a biologia está presente: coisa hoje muito discutida, mas não são poucos os cientistas defensores da idéia segundo a qual opções pelo sexo oposto dependem da necessidade evolucionista de gerar uma prole com a pessoa mais adequada para vencer a implacável luta pela subsistência.
A corrupção é uma doença nacional. A denúncia, agora, recai sobre alguns prefeitos. Pode ser e pode não ser, mas a corrupção é um vício terrível espalhado. É difícil recolhê-lo e aplicar um antídoto. É o que o governo tem feito com referência cobrada não poucas vezes.
Vai longe o tempo das revistas inglesas sobre o mistério do crime, do qual vingavam as páginas sobre a quem aproveite o crime.
O movimento literário brasileiro de 1922 não foi, evidentemente, provocado só pela atração da moda. Não deixou, contudo, de criar a maior adesão a um novo modo de serem as palavras utilizadas na literatura do País. Há uma corrente de significados que um escritor tem necessidade inadiável de colocar em palavras, e ele compreende, num certo momento, que os formatos até então usados se gastaram de tal maneira que a força de um comunicado não consegue mais passar através deles.
RIO DE JANEIRO - Pelo jeito que as coisas vão, uma antiga piada pode ser ressuscitada: qualquer candidato presidencial que surja nos próximos meses será uma espécie de poste -uma coisa para constar na cédula eleitoral encimada por um nome bastante conhecido.
A economia de água foi grande, mas o odor que se erguia das cidades era qualquer coisa de insuportável
É muito difícil buscar originalidade, no trato das questões vinculadas à vinda da Corte portuguesa para o Brasil, a partir da saída de Lisboa, no dia 27 de novembro de 1807. Tudo (ou quase tudo) foi escrito a respeito, em geral com muita paixão e um sem-número de idiossincrasias contra o príncipe regente.
Por mais que os economistas se virem para encontrar uma resposta, a questão da fome, principalmente nos países do Terceiro Mundo, continua a ser um desafio.
RIO DE JANEIRO - Não é para festejar, antes para lamentar, com aquilo que os parnasianos antigamente chamavam de "todas as veras d'alma".
MUITO SE tem censurado o Supremo Tribunal Federal por estar legislando. Na nossa democracia, cabe ao Judiciário ser não somente o fiscalizador dos outros Poderes mas harmonizar os conflitos que possam romper o equilíbrio institucional.
Todos os jornais da Europa Ocidental exibiram, há 48 horas do pleito italiano, a figura rotunda de Silvio Berlusconi, já tão para além do ícone, escarrapachado no seu sofá e no não dizer nada, com uma tranqüilidade constrangedora. As frases se arrastam fora do tempo numa agenda do óbvio e dos recados de folhinha e aniversário. O “Cavaliere” acena com o perigo do comunismo, com o afrouxo dos impostos, evidentemente com a certeza da “pax americana”, que gostaria se perpetuasse com o presente Salão Oval.
Meu Deus do céu! Que fez essa pequena Isabella para receber tantos males e ser condenada por tal morte leiga?
A exposição comemorativa pelos cinqüenta e três anos de posse de Josué Montello, "Memória literária de Josué Montello", inaugurada agora na Academia Brasileira de Letras e que ficará até 30 de maio, no Centro de Memória da Casa, vem fazer justiça a um escritor que viveu tempo integral de dedicação à literatura, à cultura brasileira e ao livro. Além de ter deixado alguns dos melhores romances, ensaios e obras de conteúdo histórico, foi também um lutador em prol de um cada vez melhor sistema de educação no país.