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Artigos

  • Um terremoto que não valeu

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/12/2005

    O ano político já foi. No balanço, pesam mais as denúncias e revelações do que os resultados concretos. Ainda estamos no terreno de conclusões e ambigüidades. Sob pressão da sociedade, foram entregues duas cabeças aos tigres.

  • Ilha Grande - verde e barroca

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 16/12/2005

    Como na Roma de antigamente, na baía de Angra dos Reis (365 ilhas, uma para cada dia do ano), todos os caminhos levam à Ilha Grande. Principalmente por mar. Para as naus de Gonçalo Coelho que ali chegavam, ela se destacava não apenas pelo tamanho, mas pela altura e pela vegetação que estreitava o horizonte à medida que as caravelas com a cruz de Malta dela se aproximavam.

  • Aumento do léxico

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/12/2005

    Os descaminhos da política, como ciência do governo da nação pelo Estado, estão oferecendo para os lexicógrafos material de valor menor, mas sempre valioso, na composição dos dicionários. Até há pouco tempo, antes da crise fenomenal que se abateu sobre o Brasil, poucos brasileiros tinham ouvido falar de valerioduto, mensalão, mensalinho, ética que a maioria não sabe definir, e outras palavras que serão incluídas nos léxicos dos futuros estudantes e escribas em geral.

  • Caixa 2 do bem

    O Globo (Rio de Janeiro), em 15/12/2005

    A ida de Eduardo Azeredo à tribuna do Senado para renunciar à presidência do PSDB empatou o jogo da escalada das cassações. Aí está o jorro, democraticíssimo, do valerioduto, comprometendo todos os partidos no caixa 2, na prática universal da corrupção sistêmica, entre tucanos impolutos e petistas acima de qualquer suspeita. E aí está, pois, a proposta do líder Artur Virgílio, de levar-se adiante, como compete ao patriciado político do Brasil, a boa lógica dos “mais iguais”, a partir do país-bem. Vamos à lavagem da corrupção do bem - a que só pestifera o trigo e não o joio, e levemo-la à condescendência, senão ao perdão radical pelo Congresso, já hoje preso, sem retorno, à concupiscência dos acordões. Ingenuidade de Azeredo ou deslumbramento de Delúbio?

  • Mandatos elásticos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/12/2005

    José Serra, um dos presidenciáveis do PSDB, manifestou-se contra a reeleição e a favor do mandato de cinco anos. Espantoso como o interesse pessoal muda a cabeça dos políticos. Na Constituição de 88, foram fixados quatro anos para os períodos presidenciais.

  • O populismo está vivo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 15/12/2005

    Passando os olhos pelas estantes da minha biblioteca, fixei-me por alguns segundos nos 40 volumes escritos e subscritos pelo grafômano revolucionário Lenine e me veio a lembrança que o populismo é a doença inflável da democracia. Ao contrário do que diziam Aristóteles e Santo Tomás, para quem a doença da democracia era a demagogia.

  • Jorge Amado, um grande romancista

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 14/12/2005

    Desde o berço, o sobrenome de Jorge Amado emitiu sinais de que viria a ser amado pelo seu povo. Aquele homem, que tinha a cara de árabe, mas de jeito baiano, estava destinado a criar uma obra que deitaria raízes no imaginário da sua gente.

  • A crise depois de Dirceu

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 14/12/2005

    Todos os processos de cassação, exceto o de Rômulo Queiroz, passam ao ano que vem. Sem mais, pois que não há ânimo no Legislativo para as convocações extraordinárias. Não se vai à luta, pois, no romper do ano, mas tão-só - e se Deus quiser - depois do Carnaval, que ninguém é de ferro e o país precisa manter-se fiel à boa memória curta. Morre a crise de morte morrida, ou seja, a do cansaço mesmo, e do desfecho das duas cassações-símbolo, ou torna-se inútil diante dos jogos feitos implicitamente para o ano eleitoral e das apostas para chegar às urnas?

  • Golpe e contragolpe

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/12/2005

    Não é hábito comemorar ou lembrar datas que não sejam redondas, quando então todos falam de um mesmo assunto e mais ou menos com as mesmas palavras. Acontece que ontem o AI-5 fez, se minha aritmética estiver correta, 37 anos. Se vivo fosse, estaria entrando na idade da razão.

  • Luxo e capitalismo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/12/2005

    Quem tratou bem do luxo como força propulsora do capitalismo econômico foi o grande historiador alemão Werner Sombart, na sua monumental obra sobre o capitalismo moderno. Quem vai às páginas da história apurar como o historiador demonstrou a influência do luxo no capitalismo, encontra resposta na realidade dessa implicação.

  • A liberdade e a mudança

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 13/12/2005

    Em cenas descritas e com tons de extrema verdade dramática, a romancista Wanda Fabian, em seus quase 20 livros publicados, exibe o ser humano a nu, vibrante e inquieto na pureza de suas duas condições inarredáveis: a da liberdade e a da mudança.

  • Luiz Alberto Bahia

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 13/12/2005

    Com algum atraso, escrevo hoje sobre Luiz Alberto Bahia, falecido nos primeiros dias deste mês. Foi um tipo raro de jornalista, antes de mais nada pela formação humanística, que nele se sobrepunha aos macetes técnicos que fazem parte do equipamento básico de um bom comunicador. Conhecia os segredos e truques da profissão, foi um dos mais notáveis chefes de Redação de um grande e histórico jornal.

  • Um PIB preparado

    Diário do Comércio (São Paulo), em 13/12/2005

    O ministro Luiz Fernando Furlan declarou à imprensa que o terceiro trimestre do PIB foi preparado. Com a responsabilidade de seu cargo, de sua carreira empresarial e de seu êxito ministerial, o ministro fez a opinião pública saber que no Ministério do Planejamento, responsável pelo cálculo do PIB, também se faz trambiques, para usar uma palavra vulgar, mas de conhecimento generalizado.

  • Homem não chora

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/12/2005

    Peruana finge ser homem e fica em prisão masculina na Argentina. Carla Aguilar, imigrante ilegal, foi presa por agentes argentinos. Ela disse que era homem e as autoridades acreditaram. O mais curioso é que Carla passou por vários exames e nenhum funcionário descobriu seu sexo verdadeiro, até que, um mês depois, uma ligação anônima alertou a Procuradoria Penitenciária. Folha Online, 5 de dezembro de 2005 

  • De novo, Daslu

    Diário do Comércio (São Paulo), em 12/12/2005

    Pode a sigla Daslu ser confundida com a denominação de um templo Hindu ou Sumeriano, mas é a sigla de um templo de luxo plantado em São Paulo de Piratinga por empreendedores que acreditam no poderio econômico e financeiro da elite social e econômica da capital, onde coexistem a opulência dos Jardins e do Morumbi com as favelas que balizam a entrada da orgulhosa e legendária capital.