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Artigos

  • A questão Marta

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/11/2004

    Tocou no assunto que vou deixar escrito neste artigo o meu colega José Nêumane. Vou ser, no entanto, diferente dele, nos comentários sobre a derrota de Marta Suplicy. Se Marta fosse socióloga, se tivesse conhecimento sobre a formação da sociedade, saberia o motivo porque perdeu a eleição, embora tenha tido um elevado número de votos. Não há dúvida que o eleitorado, principalmente do PT, a sufragou, sem dar o suficiente volume para a sua vitória.

  • Rio - Bagdá

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/11/2004

    O governo dos Estados Unidos, preocupado com a saúde e o bem-estar de suas autoridades e de seus cidadãos em geral, na semana passada iniciou uma campanha humanitária aconselhando os norte-americanos a evitarem o Rio de Janeiro, onde a segurança é problemática. Para consolidar os bons propósitos, divulga cenas do último arrastão no Leblon e publica estatísticas e depoimentos de estrangeiros que aqui sofreram algum tipo de violência ou constrangimento.

  • Para onde caminhamos?

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 10/11/2004

    Os economistas da nova geração se interrogam freqüentemente sobre as causas das baixas taxas de crescimento da economia brasileira no último quarto de século. Os dados são surpreendentes se temos em conta que no quarto de século anterior o país apresentou um dinamismo considerável, colocando-se entre as duas ou três economias de mais rápido crescimento em todo o mundo. Os economistas não parecem ter explicação para essa mutação tão significativa.

  • O fim de Arafat

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/11/2004

    Poucos seres humanos tiveram tanta nomeada no século passado e neste, ainda em começo, do que Yasser Arafat. Todos os dias, sem exceção, o seu nome era estampado em algum ou muitos jornais do mundo, como líder dos palestinos e lutador por um Estado Palestino, que até hoje, mais de cinqüenta anos depois de fundado o Estado de Israel, não se tornou realidade. Arafat chegou a ir à ONU com o fuzil numa das mãos e um ramo de oliveira, símbolo da paz, na outra mão.

  • Termômetro e febre

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/11/2004

    Costumo dizer que nada entendo de política. E acrescento: nada entendo de administração e de quase tudo neste mundo. Mas vejo com receio a substituição do ministro da Defesa, ainda no rescaldo da pequena, mas significante, crise com os militares na semana em que foram divulgadas as fotos de um dos torturados do regime de 1964.

  • Mário inédito

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 09/11/2004

    Texto de Mário de Andrade inédito em livro é sempre uma novidade. Como a deste volume chamado "O banquete", que restaura uma série de crônicas musicais por ele escritas semanalmente para a "Folha da Manhã" de São Paulo entre maio de 1943 e sua morte em 1945.

  • Saudades de JK

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 08/11/2004

    Como estudante, combati o presidente JK por causa do aumento de um tostão nos bondes cariocas. O movimento foi fortíssimo, mereceu repreensão da polícia, mas levou as lideranças estudantis a decretar, com muito sucesso, a chamada "greve dos bondes". Na porta do Instituto La-Fayette, impedindo a passagem dos bondes, sentamos nos trilhos e ali jogamos dama e xadrez, diante do sorriso maroto dos motorneiros e condutores, alguns dos quais também sentaram no meio fio defronte à Igreja dos Capuchinhos.

  • Os chapéus e a fome

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/11/2004

    Dentre os muitos chapéus, bonés, gorros, casquetes, capacetes e cocares que Lula tem posto na cabeça, o que lhe caiu melhor, com mais naturalidade e com maior significado, foi o chapéu branco com fita azul da Velha Guarda da Portela, por ocasião da reunião do Grupo do Rio.

  • A lição das urnas num boteco do Leblon

    O Globo (Rio de Janeiro), em 07/11/2004

    Nós tamos ficando velhos mesmo, hem, cara? Prestei atenção umas duas semanas, em todos os jornais, e não peguei nem uma notinha, quanto mais um editorial. Tu não tem saudade de certos editoriais, não?

  • Marcado para morrer

    O Globo (Rio de Janeiro), em 07/11/2004

    EU POSSIVELMENTE DEVERIA TER morrido às 22h30m do dia 22 de agosto de 2004, menos de 48 horas antes da data do meu aniversário. Para que o cenário da quase-morte pudesse ser montado, uma série de fatores entraram em ação:

  • São Paulo, cidade turística

    O Estado S. Paulo (São Paulo), em 06/11/2004

    As estatísticas têm revelado, ultimamente, grande e crescente número de turistas na capital de São Paulo, sem que, até agora, se tenham determinado com acerto as razões desse evento.Costuma-se dizer que São Paulo não possui nada que lhe assegure atraente cor local capaz de justificar a visita de viajantes do Brasil e do estrangeiro, como é o caso do Rio de Janeiro, de Salvador e do Recife.

  • O império contra-ataca

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 06/11/2004

    Argemiro Ferreira acompanhou quatro eleições presidenciais nos Estados Unidos e, pouco antes do último pleito, publicou um livro, "O Império Contra-ataca" (Paz e Terra), analisando o cenário político e social daquilo que alguns comentaristas chamam de "nosso irmão do Norte".

  • A roda da política

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 05/11/2004

    Já li, não me recordo onde, que "em política nada fica parado". Ela é dinâmica e se contorce a todo instante, mudando de forma e de luz. Aqui se repete sempre que é como uma nuvem, atribuindo-se essa comparação a Magalhães Pinto, embora ela remonte ao Império e tenha sido, se não me falha a memória, do conselheiro Dantas, esse baiano habilidoso que também disse sobre a Abolição: "Nesse assunto, não parar, não retroceder, não precipitar". Era, sem dúvida, uma definição antecipada do "muro".

  • Guerras e guerrilhas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/11/2004

    Com exceção de alguns militares, acho que ninguém discorda da necessidade de abrir os arquivos que o governo guarda até hoje sobre a repressão aos movimentos guerrilheiros, sobretudo os da região do Araguaia. Não há por onde temer qualquer revanchismo, uma vez que os heróis e bandidos, segundo a avaliação individual de cada um de nós, em sua maioria estão mortos, desaparecidos ou desativados.

  • Arquive-se o passado

    Diário do Comércio (São Paulo), em 04/11/2004

    Pode, suponho eu, parecer esquisito um membro de dois institutos históricos, o brasileiro e o paulista, pedir o arquivamento do passado. Mas, uma vez explicado o pedido, tenho a certeza de que meus eventuais leitores entendam que tenho razão. Começo por aplaudir o presidente Luís Ignácio Lula da Silva, que pediu o arquivamento histórico do período dos generais no poder, por reavivar feridas ainda não cicatrizadas, mas conformadas pelo tempo.