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Artigos

  • Por que estamos longe?

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 29/09/2004

    O Plano Nacional de Educação, em vigor, aprovado pelo Congresso Nacional, merece inúmeros reparos. Somos orientados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394/96), que exige uma ampla reformulação. A realidade nua e crua é cada vez mais perversa: escolas desprovidas de equipamentos, professores desrespeitados em sua dignidade profissional e salarial, alunos desnutridos e desinteressados - algo como se estivéssemos em pleno caos.

  • Rui e alceu: dois líderes culturais

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 29/09/2004

    Concentro-me, neste artigo, numa figura de que temos sentido falta, sem perspectiva de que venhamos a nomeá-la entre homens públicos, professores universitários, intelectuais em geral e demagogos da cultura, com trânsito na mídia e nas editoras. É o maître à penser, o líder de uma cultura e de uma civilização que domina, pelo prestígio e pela ascensão sobre a nação inteira ou uma fatia dela, como condutor dos destinos do país e que exerce o domínio com superioridade.

  • Cabo eleitoral

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/09/2004

    O erro deve ser meu, mas, sinceramente, não entendo a legislação eleitoral em vigor. Começa pela promoção da mentira e da hipocrisia, obrigando pessoas respeitáveis - ou que deveriam ser respeitáveis - a mentir descaradamente. E termina em episódios ridículos, como esse que envolveu o presidente da República, transformado em cabo eleitoral de uma candidata a prefeita.

  • Auspiciosa notícia

    Diário do Comércio (São Paulo), em 28/09/2004

    Quem diria que um médico discreto, auto-transferido da medicina para a política, nos ia sair um administrador de pulso e de visão. Pois esse é o caso do sr. Geraldo Alckmin, que está fazendo, com extrema discrição, o governo bem conduzido e interessado em tudo quanto diga respeito ao povo. Não se ouve falar de trambiques no governo, como foi comum em passado distante e menos distante. O sr. Geraldo Alckmin aprendeu logo a arte de governar com decência.

  • América, sempre

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 27/09/2004

    O jornalista José Trajano, ele também apaixonado pelo clube rubro, citou-me outro dia como membro de uma pequenina e barulhenta torcida do América Futebol Clube. Senti-me honrado. No momento em que se comemora o primeiro centenário do time de Belford Duarte, o mais disciplinado zagueiro de todos os tempos, fiz as contas e concluí que torço pelo Mequinha há 60 anos.

  • Já estamos nervosos?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/09/2004

    Sim, é no próximo domingo e se nota uma vibração intensa na atmosfera, pressente-se um coração palpitante em cada peito, o clima, está, digamos, elétrico. Não está, não? É, receio que não, estragou o começo do que pretendia ser uma esforçada tentativa de crônica sobre nossos brios cívicos, às vésperas da escolha dos nossos governantes mais próximos, dos que vão ser responsáveis por nossas cidades, nossos bairros, nossas ruas. Quer dizer, aqui no Rio, em certos lugares, cada vez mais numerosos, os governantes são escolhidos por métodos menos convencionais, mas nada neste mundo é perfeito e não se vai estragar a festa somente porque quem manda cada vez mais é o tráfico, até porque, segundo ouvimos, quem quer que seja eleito resolverá todos os problemas, não há motivo para preocupação.

  • Dos bastões e das regras

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/09/2004

    NO OUTONO DE 2003, ESTAVA passeando no meio da noite pelo centro de Estocolmo, quando vi uma senhora que caminhava usando bastões de esqui. Minha primeira reação foi atribuir aquilo a alguma lesão que tivesse sofrido, mas notei que ela andava rápido, com movimentos ritmados, como se estivesse em plena neve - só que tudo que havia à nossa volta era o asfalto das ruas. A conclusão óbvia foi: “esta senhora é louca, como finge esquiar em uma cidade?”

  • Estatização do jornalismo

    O Estado de São Paulo (São Paulo), em 25/09/2004

    O projeto de lei que cria o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) atenta, a um só tempo, contra a Constituição e as leis do País, visando a privá-lo da liberdade de imprensa, conquista e garantia essencial da democracia.

  • SOS educação

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 24/09/2004

    Nestes últimos dias, curti minha insônia de estimação com especulações que, em vez de atrair o sono, o afastaram e ficaram remoendo soluções e caminhos.

  • Tentativa inútil

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/09/2004

    O presidente da República falou rindo, mas não brincou, quando disse a um de seus colegas, em recente reunião de presidentes, grande parte de cucarachas, que foi ao Gabão aprender como se fica 30 anos no poder, e se quiser ficará mais. O presidente Lula falou sério, primeiro por ter tomado o gosto do poder e, segundo, por lhe ter subido à cabeça a mudança do humilde ex-torneiro a chefe do governo da República Federativa do Brasil, uma nação emergente de 180 milhões de habitantes, mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, portanto uma das maiores do mundo. O presidente Lula quer ficar, não há dúvida.

  • Tomada de consciência

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/09/2004

    O senador Marco Maciel apresentou em junho deste ano um projeto de resolução que institui a Comissão Especial do Bicentenário da Independência do Brasil. Para um político escolado que nunca teve pressa e chegou a governador, presidente da Câmara dos Deputados, ministro e vice-presidente da República em dois mandatos, o projeto não pode ser encarado como uma precipitação.

  • Crescer e aparecer

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 21/09/2004

    Ainda bem que a popularidade do presidente Lula aumentou, devido à bolha da economia que está sendo registrada, demonstrando que as coisas, se não estão perfeitas, tendem a melhorar se tudo der certo.

  • O atraso da Petrobras

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/09/2004

    No ano em que comemora 50 anos de existência, que foi alvo de campanhas favoráveis e desfavoráveis, garantindo aos comunistas da época que o petróleo é nosso e dando razão aos críticos que afirmavam ser o petróleo dos árabes sauditas e do Golfo Pérsico, onde entram, também, os islâmicos. O cinqüentenário foi comemorado com ênfase, provavelmente com mesas fartas e fogos de artifício, sustentando a afirmação de que seremos independentes dentro de muito pouco tempo.

  • Homero Senna

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 21/09/2004

    A morte de Homero Senna, há pouco mais de uma semana, privou-nos de um trabalhador intelectual como tivemos poucos. Conheci-o nos anos dourados de Juscelino, quando trabalhamos ambos no então Ministério da Viação e Obras Públicas, ele no gabinete do Ministro Lúcio Meira, eu como diretor do Serviço de Documentação. Redator dos relatórios da pasta, usava Homero Senna um estilo direto, claro, sem a menor desconversa, como devem ser os documentos oficiais.

  • Um invejável patrimônio

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 20/09/2004

    O cenário carioca foi palco das correntes mais representativas da música popular brasileira: o choro, por volta de 1870; o samba, nascido em 1917; a canção romântica da Era do Rádio, a canção de fossa das boates e a bossa nova, no final de 1950.