Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • A unidade ortográfica

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 10/08/2004

    Velhíssima questão a da unidade ortográfica do português usado no Brasil e em Portugal. Que a prosódia seja diferente, é natural. Num país imenso como o nosso, há diversas formas de pronunciar as palavras, e o próprio vocabulário admite expressões regionais - o mesmo acontecendo com todas as línguas do mundo.

  • O sucesso escolar

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ), em 09/08/2004

    Durante muitos anos, discutimos as causas do fracasso escolar. Seria falta de recursos, poderia ser o despreparo dos professores, seus baixos salários, currículos excessivamente dimensionados ou até mesmo uma imensa e demorada crise de auto-estima, gravando os sistemas.

  • Saúde para dar e vender

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 08/08/2004

    Acho que estou me tornando um exemplo para a terceira idade, que, aliás, não sei bem o que é, pois uns me dizem que começa aos 60, outros aos 65. Mas já me chamaram de ancião mais de uma vez e venho me adaptando esplendidamente à situação, depois de alguns percalços normais para um principiante. Claro, não sou perfeito e admito que prossigo adiando para a segunda-feira (não esta que vem aí, que está muito em cima; a outra) minha volta ao calçadão. Receio fazer uma imediata legião de desafetos, mas a verdade é que já tentei, já até fixei um sorriso hipócrita na cara ao chegar ao calçadão, mas abomino andar nele, a dolorosa realidade é esta, não dá mais para esconder. Nunca me senti bem nem antes nem depois, mesmo insistindo durante meses. Devo padecer de endorfinopenia incurável, expressão que acho que acabo de inventar agora, para descrever a conclusão de que as famosas endorfinas não gostam, ou desistiram, de aparecer no meu organismo. Será talvez uma das incontáveis deficiências que a Natureza me dadivou, mas o único efeito que andar no calçadão exerce em mim é encher o saco - sem pretender deslustrar nenhum andador extremado, respeito a opção sexual de todos, sou muito politicamente correto.

  • Um tiro no pé

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 06/08/2004

    Em agosto de 1954, exatamente no dia 5, completando agora 50 anos, ocorreram o atentado da rua Tonelero a Carlos Lacerda e a morte do major Rubens Vaz, início do processo que levaria à morte de Vargas. Lacerda foi o maior orador parlamentar que conheci. Ele sabia ser violento, contundente, sarcástico e temerário. Mas era brilhante.

  • Monstros contra deuses

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 04/08/2004

    Sucesso em Hollywood depende menos de talento e mais de estar no lugar certo na hora certa, dizia William Henry Pratt, ator inglês que emigrou para os Estados Unidos em 1913, adotou o nome de Boris Karloff e tornou-se mundialmente conhecido ao interpretar o monstro no filme Frankenstein, do diretor James Whale. O lugar certo para Karloff alcançar o sucesso foi a lanchonete do estúdio da Universal, em Hollywood, onde o diretor Whale tomava chá gelado e, ao vê-lo, impressionou-se com seu rosto.

  • Almoço de trabalho

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 04/08/2004

    Por obra e desgraça de um amigo, fui convidado a uma façanha que sempre evitei: um almoço de trabalho. Já ouvi falar em café da manhã igualmente de trabalho, como sempre ouvi falar de disco-voador e de mula-sem-cabeça.

  • Presença de Cyro

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 03/08/2004

    Mesa-redonda, promovida na semana passada pela Academia Brasileira de Letras, tratou da obra de Cyro dos Anjos, sobre a qual falamos Ledo Ivo, Sábato Magaldi e o autor destas linhas.

  • Não morra o MASP

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 02/08/2004

    Num dia de fevereiro de 1948 apresentei-me a Oswaldo Chateaubriand, irmão mais moço de Assis Chateaubriand, que me havia convidado para integrar o corpo diretivo das empresas Associadas em São Paulo. Imediatamente, Oswaldo se levantou de sua cadeira e me pegou pelo braço para conduzir-me a sala de dr. Assis, como era chamado o velho capitão por todos os funcionários das empresas. Eu ia entrar para onde me chamava a vocação.

  • O cientista e o visionário

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 01/08/2004

    OS DOIS SÃO A MESMA PESSOA: Albert Einstein, capaz de enxergar muito além do seu tempo, desenvolver uma teoria que revolucionou o mundo e o pensamento filosófico. Por outro lado, era alguém que, mesmo sabendo que a maior parte dos fenômenos físicos pode ser explicada, entendeu que não podia compreender tudo. Deixou seu coração e sua mente abertos, reverenciando também as coisas que não podia pôr em equações matemáticas. Einstein não era um homem religioso no sentido tradicional, mas tinha um profundo respeito pela vida e pelo ser humano. Hoje, quando as pessoas têm explicações para tudo e ridicularizam qualquer tema que não se enquadre dentro do pequeno universo que criaram, vale a pena relembrar algumas das palavras do maior e mais importante cientista do século XX.

  • Variações sobre o poder

    O Estado de São Paulo (São Paulo), em 31/07/2004

    Segundo a Teoria Tridimensional do Direito, tal como a venho expondo em vários livros, notadamente na 5ª edição do que tem aquele título (Editora Saraiva, 1994), a experiência jurídica é constituída por um processo dinâmico e concreto de modelos normativos, os quais representam a integração de fatos sociais segundo múltiplos valores.

  • Variações sobre o poder

    O Estado de São Paulo (São Paulo), em 31/07/2004

    Segundo a Teoria Tridimensional do Direito, tal como a venho expondo em vários livros, notadamente na 5ª edição do que tem aquele título (Editora Saraiva, 1994), a experiência jurídica é constituída por um processo dinâmico e concreto de modelos normativos, os quais representam a integração de fatos sociais segundo múltiplos valores.

  • Europa, verão e balas

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 30/07/2004

    Na Áustria, em Salzburgo, cidade onde nasceu Mozart, capital da música, reuniu-se o Conselho Mundial de ex-presidentes e chefes de governo, do qual faço parte, para discutir os problemas da atualidade, objeto de análise e de reflexão em todos os fóruns.

  • Governo explorador

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 29/07/2004

    Quem dispõe de um cofre com dinheiro, do qual deve prestar contas, mas com a contabilidade camarada, dessas que ajeitam a receita para corresponder à despesa, embora a segunda seja muito maior do que a primeira, precisa de atenção. É o que se passa no Brasil de nossos dias, com o governo de iniciantes, que fazem tudo o que o mestre mandar, e o mestre, no caso, é o presidente Lula, com seus colaboradores mais próximos, prontos a ajudá-lo no que for preciso.