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Artigos

  • Cultura e linguagem

    Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 14/09/2002

    O problema da linguagem, desde Saussure, adquiriu um papel singular na história das ciências até culminar na afirmação de que cada ciência tem a sua linguagem e, mais ainda, que, no fundo, ela se confunde com a sua própria linguagem.

  • Fonte da saudade

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 10/09/2002

    Não ia para aqueles lados há muito tempo. À direita do prédio em que moro, há uma rua que desemboca na Lagoa. No final dela, antes que uma curva a transforme em outra rua, tem uma fonte que, não sei por que, se chama "da Saudade".

  • Panorama eleitoral da ilha

    O GLOBO (Rio de Janeiro - RJ) em, em 08/09/2002

    Estive em Itaparica até o fim de semana passada e receio que não temos grandes novidades em relação ao assunto que parece ocupar todo o noticiário, ou seja, as eleições presidenciais. Quanto às estaduais, há um certo movimento, com carros de som desfilando e tocando jingles e praticamente todas as paredes pichadas, como recomenda a boa democracia, inclusive no Rio e São Paulo. Nesse ponto, nos igualamos a todas as grandes metrópoles. Em relação à Presidência, contudo, receio que não haja paixões desenfreadas. Mas participei de debates eventuais no Mercado Municipal Santa Luzia, principal centro de negócios da cidade, e de lá trago algumas lembranças, bem como do bar de Espanha, um dos mais importantes centros de reuniões na nossa zona central.

  • A vida em pedaços

    Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 07/09/2002

    Essas moças e moços - quase sempre muito jovens -, que de vez em quando aparecem para me entrevistar, perguntam sempre - quase sem exceção - como foi que comecei a escrever. Esperam que eu diga o momento exato em que me apareceu a vocação, se foi de dia ou de noite, se comecei a escrever o livro, direto, e fui até o ponto final, e por aí vai. Perguntam muito também sobre a minha vida, o que aconteceu, e depois, e depois, e depois... Tento explicar, na medida do possível, que a vida da gente não é uma seqüência, como numa história em quadrinhos, em que um fato acontecido num quadro tem a sua lógica no quadro seguinte; e que a nossa memória também não é uma coisa contínua, uma lembrança sucedendo a outra. Eles ficam meio decepcionados, mas procuro satisfazê-los contando alguma coisa da minha vida. Pelo menos os pedaços de que me lembro.

  • Todos falam no professor

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 04/09/2002

    Não se pode exigir harmonia de pensamentos entre os candidatos à presidência do nosso País. Cada um vem de uma escola, tem determinada experiência, e sonha com soluções que podem ou não ser exeqüíveis. Algumas idéias são coincidentes, o que é natural, pois sofremos influências do revelo de outras nações, fato que se agravou com a ilusão de que a globalização nos levaria ao melhor dos mundos.

  • Campanha presidencial

    Diário do Comércio (São Paulo - SP) em, em 04/09/2002

    Está muito bem que os candidatos à sucessão do sr. Fernando Henrique Cardoso sigam as determinações, ou ordens mesmo, de seus marqueteiros, pois foram contratados exatamente para esse fim. É o que estamos observando. Quem acompanha o périplo dos candidatos, pelo Brasil inteiro, um no Rio Grande do Sul, outro no Amazonas, outro no Rio de Janeiro, outro em Minas e assim por diante, vê-se que devemos considerar duríssima uma campanha política como a da sucessão presidencial.

  • Eles têm razão

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 04/09/2002

    O debate da segunda-feira com os quatro candidatos presidenciais se engalfinhando num palavrório que beirou o baixo calão, lembrou um pouco aquelas lutas de vale-tudo, onde vários brutamontes se enfrentam e, na base marmelada, em certo momento três deles resolvem encher de bolachas o quarto, que faz papel de vítima.

  • Memória de um repórter político

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 03/09/2002

    Já está nas livrarias o novo livro do jornalista Villas-Boas Corrêa, "Conversa com a memória", que nele faz um retrospecto e dá um autorizado depoimento acerca dos últimos 50 anos da política brasileira.

  • A nave em perigo

    Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 31/08/2002

    Já se vão dez anos daquela reunião ecológica, codinome Eco-92, que nos deixou tão vaidosos com a cara limpa e florida do Rio. É verdade que precisou botar canhões do Exército apontando para a favela da Rocinha. Mas como mudou a Rocinha! Hoje já tem a categoria de bairro, um bairro operoso e próspero, que até já exporta moda e modelos para o exterior.

  • Cavaleiros do Apocalipse

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em, em 29/08/2002

    O Apocalipse, último livro do Novo Testamento, é uma obra que há 2 mil anos desafia o conhecimento humano. Revelação do apóstolo João na ilha de Patmos? Compilação de diversos apocalipses que foram transmitidos por relato oral ao longo da Ásia Menor?

  • Formando opiniões

    O GLOBO (Rio de Janeiro - RJ) em, em 25/08/2002

    Como já disse aqui, não gosto de ser chamado de “formador de opinião”. Não me agrada ser um cidadão como outro qualquer que, apenas por escrever uma coluna de jornal, ambiciona mudar a maneira de as pessoas pensarem. E nem creio que consiga isso, pois as opiniões costumam ser consideradas boas se coincidem, ainda que parcialmente, com as de quem é exposto a elas. Quem concorda comigo já concordava antes. Talvez sem perceber, mas concordava. Quem discordava vai continuar a discordar, talvez até com mais veemência.

  • Um pouco de nostalgia

    O Estado de São Paulo (São Paulo - SP) em, em 24/08/2002

    Afinal, se me dão licença, quem passa dos 90 direito a algum saudosismo. É que, olhando o mar, lembrei dos bons tempos dos navios, quando só se viajava pelas costas do Brasil nos Itas (os decantados Itas do Norte) e também os menos charmosos navios do Loide. Companhia Nacional de Navegação Costeira, chamavam-se oficialmente os Itas. E recebiam todos os barcos da frota esse nome de Ita porque o dono da Companhia se chamava Laje, e laje é pedra, e pedra em tupi é ita. Tinha esse magnata Laje outro motivo de celebridade:

  • Diante de Bertrand Russel

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ) em, em 21/08/2002

    Com ele me encontrei há 51 anos, quando o filósofo inglês se aproximava dos 80. Foi em Estocolmo, nas vésperas do dia em que Russell recebeu o Prêmio Nobel. Eu fora convidado pelo Comitê Nobel para assistir à entrega, que seria feita a dois escritores: William Faulkner, por 1949, e Russell, por 1950. A cerimônia Nobel ocorre sempre a 10 de dezembro, data da morte de Alfred Nobel, o criador do prêmio.

  • Solução adequada

    Diário do Comércio (São Paulo - SP) em, em 20/08/2002

    O presidente Fernando Henrique Cardoso teve excelente, plausível idéia, reunindo candidatos à presidência da República para uma tomada de conhecimento dos problemas do Estado, nesta fase histórica, em que nos debatemos com uma crise, até há poucos meses inesperada. Os candidatos vão se defrontar com ela, tendo, portanto, que saber ao menos os grandes números, a complexidade dos negócios em andamento nas esferas do Estado, em suma, têm que saber o que se passa.

  • Eleições 2002 e a educação

    O GLOBO (Rio de Janeiro - RJ) em, em 19/08/2002

    Estamos perto das eleições. Quatro candidatos disputam a Presidência da República, num país às voltas com problemas de inquestionável importância como a segurança, o modelo econômico, a saúde, os transportes e, sobretudo, a educação. Não se pode exigir harmonia nas propostas até agora apresentadas. Cada candidato vem de uma escola, tem determinada experiência, e sonha com soluções que podem ou não ser exeqüíveis. Algumas idéias são coincidentes, o que é natural, pois sofremos influências importantes de outras nações, fato que se agravou com a ilusão de que a globalização nos levaria ao melhor dos mundos.