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Artigos

  • O centauro dos pampas

    RIO DE JANEIRO - No último domingo, a Folha divulgou o resultado de uma enquete para saber qual teria sido o maior brasileiro da história. Deu Getúlio Vargas em primeiro lugar, seguido por JK e Machado de Assis. Apesar de convidado a integrar a turma de votantes, um problema no computador me impediu de votar. Mas teria votado em Vargas e se tivesse direito a mais de um voto, também votaria em JK e Machado.

  • A mulher de hoje

    A posição inferior a que a mulher foi sujeita ao longo dos tempos impediu que ela pudesse participar inteiramente da comunidade, em que tinha um papel específico de amante e de mãe que não deveria ultrapassar. Do ponto de vista literário, por exemplo, o mundo antigo, com exceção de Safo, mostrou-se omisso no permitir destaque feminino em poesia ou prosa. Claro que houve, ainda, figuras que entraram na história, não só a de Joana D'Arc, como também, na literatura medieval, a holandesa Béatrice de Nazareth e Heloísa, além de outra Beatriz, de Antuérpia, que deixou vários poemas de amor.

  • Opinião: "DEMs": provectos e espertos

    Não se subestime o a que vem o PFL metamorfoseado em DEMs, ou seja, o partido dos democratas na denominação anti-rugas, para a mais venerável legenda do status quo brasileiro. Tem quase o nome de pílula rejuvenescedora neste período de maiorias maciças do governo, e de coalizões que não acabaram ainda de lançar a sua tarrafa. Nem se subestime, por outro lado, a sua força já nas próximas eleições municipais - já que a sigla está no poder nas duas megalópoles do país. Sobretudo, num Rio de Janeiro que irá às urnas sacramentado pelo sucesso do Pan, e a que, afinal, não faltou a Cesar Maia a decisiva cobertura federal.

  • Fiéis e infiéis

    A fidelidade partidária parece que desta vez emplaca. Está sendo saudada como a panacéia para acabar com um dos males da política nacional, o troca-troca de partidos de acordo com os interesses pessoais de cada eleito.

  • Democracia e Corte de Contas

    Nunca será demasiado insistir em que a democracia somente prospera no pluralismo. Eleição, periodicidade de mandatos, mediação e liberdade de imprensa, independência dos poderes, garantia dos direitos políticos e sociais são algumas das suas características fundamentais. Claros deveres de cidadania também têm sua essencialidade. Não só direitos, mas direitos e deveres. Nada mais forte, como expressão democrática, que a repartição do poder. Poder político, social, econômico.

  • A FAB e João Paulo 2º

    O TEMA religioso se impõe na Quaresma. Não sei qual é o santo protetor dos controladores de vôo, senão pediríamos a todos invocá-lo nesta hora, em que tantos e tão acumulados erros foram cometidos. Louvemos a beata FAB brasileira, que cumpre exemplarmente seu dever em meio a tantas dificuldades, a começar pelo pioneirismo do Correio Aéreo Nacional, passando pelo heroísmo do "Senta a Pua", da Segunda Guerra Mundial, até o tremendo desafio de zelar pelo espaço aéreo de um país de tão grande dimensão, cobrindo as deficiências com a coragem, o patriotismo e o sacrifício de seus homens.

  • Fim do apagão

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem a palavra fácil, disse que agora o apagão do transporte aéreo está encerrado. Não sou tão otimista quanto o chefe do governo demonstra ser, pois o apagão pode voltar quando menos se espera e novamente paralisar os vôos do transporte aéreo brasileiro. Esse problema é antigo.

  • Katherine e Virginia

    Os diários de Katherine Mansfield e Virginia Woolf, hoje publicados em mais de vinte idiomas, revelam o difícil relacionamento que ligou as duas escritoras. Virginia, nascida em 1882 na Inglaterra, pertencia a uma nobreza intelectual de que o "Grupo de Bloomsbury" se transformou em voz e símbolo. Katherine era "colonial", da distante Nova Zelândia, onde nascera em 1888.

  • Alucinação

    RIO DE JANEIRO - Na versão que Orson Welles fez de "O Processo", de Kafka, o personagem Joseph K. atravessa cenários vazios, corredores desertos, tentando entender a culpa pela qual está sendo processado. De repente, abre uma porta e dá com uma gigantesca repartição, com centenas de funcionários sentados em suas mesas, trabalhando histericamente.

  • Que diálogo das civilizações?

    Reúne-se em Aman a Academia da Latinidade, na sua XIV Conferência, para o avanço da possível entente ainda, no universo que já se rachava desde o choque da revolução de Khomeyni em 1978. Vinha ao chão o governo do Xá exatamente após as festas de restauração de Persépolis, em encontro do beautiful people de todo o mundo, nas galas do espetáculo meteórico. As pompas espoucavam às vésperas de toda a revulsão, em que o inconsciente social islâmico começava a perceber a expropriação da sua alma pelas perversas maravilhas do progressismo. O sucesso e champanhas da corte do Xá escondiam a violência da concentração da riqueza, o reino sem volta das corporações internacionais e a contrafação mimética de estilos de vida da sua elite de todos os modismos.

  • O salário-educação

    O atendimento do salário-educação deveria iniciar-se na Educação Infantil. Uma simples e inteligente medida. Esse tributo ou contribuição social é vinculado ao Decreto 3.943, de 30 de dezembro de 2003, que regulamenta o previsto no Artigo 212 da Constituição e no Artigo 15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96).

  • O fantasma da desigualdade

    A IGUALDADE sempre foi o grande sonho do homem, desde que teve consciência de sua condição humana. Fizeram-se revoluções, escreveram-se tratados, pensadores, poetas e políticos construíram fórmulas e meios de chegarmos a ela. A grande Revolução Francesa de 1789, considerada um marco na história da humanidade, resumiu seus ideais em três palavras chaves e divinas: liberdade, igualdade e fraternidade. Na Declaração da Independência americana, Thomas Jefferson ampliava essas aspirações, dizendo que todos os homens têm direito à "busca da felicidade". Associava-se a felicidade aos anseios do homem.