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Artigos

  • Enfim, a Europa americana

    Todos os jornais da Europa Ocidental exibiram, há 48 horas do pleito italiano, a figura rotunda de Silvio Berlusconi, já tão para além do ícone, escarrapachado no seu sofá e no não dizer nada, com uma tranqüilidade constrangedora. As frases se arrastam fora do tempo numa agenda do óbvio e dos recados de folhinha e aniversário. O “Cavaliere” acena com o perigo do comunismo, com o afrouxo dos impostos, evidentemente com a certeza da “pax americana”, que gostaria se perpetuasse com o presente Salão Oval.

  • Memória de Josué

    A exposição comemorativa pelos cinqüenta e três anos de posse de Josué Montello, "Memória literária de Josué Montello", inaugurada agora na Academia Brasileira de Letras e que ficará até 30 de maio, no Centro de Memória da Casa, vem fazer justiça a um escritor que viveu tempo integral de dedicação à literatura, à cultura brasileira e ao livro. Além de ter deixado alguns dos melhores romances, ensaios e obras de conteúdo histórico, foi também um lutador em prol de um cada vez melhor sistema de educação no país.

  • Mandato de cinco anos trará instabilidade

    O TEMA relativo ao mandato de cinco anos para presidente e governador parece empolgar certos segmentos da política brasileira, inclusive integrantes do Congresso Nacional. Nosso país já viveu no passado essa nefasta experiência. Daí a necessidade de recordarmos os graves inconvenientes e as repercussões sabidamente adversas a exigir um exame acurado da lógica do modelo de calendário eleitoral adotado na Constituição de 1988.

  • Uma lição de vida

    Amsterdã um dos lugares de visita obrigatórios é a Casa de Anne Frank. Fui lá algumas vezes. De início, o que havia para ver era o anexo em que Anne viveu; depois, o lugar foi se transformando num museu, com uma completa exposição. E, ao mesmo tempo, atraía cada vez mais gente. Na última visita era até difícil caminhar por ali.

  • Elis Regina e a dengue

    RIO DE JANEIRO - Deve ter sido uma das heranças dos chamados anos de chumbo, que duraram de 1964 a 1985. A turma que nasceu neste período e a que veio logo após, de 85 para cá, adotaram uma simplificação da história que dificulta o decantado diálogo de gerações.

  • Brasil, um país dos mesmos

    É meio chato o sujeito nascido em meados do século passado descobrir, numa série aparentemente infinita de pequenos episódios deprimentes, que passou a vida sendo enrolado e acreditando em bobagens. Essa descoberta - tão óbvia, sempre esteve aí o tempo todo, mas nem eu e os outros bestas víamos nada. É uma enfermidade difícil de curar. Embora, ia eu dizendo, não leve à morte, mas aí lembrei que pode levar, sim, tanto à morrida quanto à matada. Mas é difícil de curar, mais difícil que parar de fumar, bem mais difícil. E o quadro se agrava quando o doente ou não reconhece o seu estado ou de tal maneira entortou a percepção que persiste em cultivar as manifestações da doença como até benéficas, sem dúvida louváveis.

  • 200 anos de Judiciário independente

    Há pouco mais de seis meses, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, comemorando o segundo centenário do Poder Judiciário independente de nosso país, iniciava a distribuição dos primeiros recursos extraordinários eletrônicos e via o ato 'como sinônimo de rompimento com o passado e o início de uma fase de eficiência'. Anotava, também, que, desde os tempos coloniais, o padre Antônio Vieira já se revoltara contra a ineficiência da prestação jurisdicional.

  • Mudanças radicais

    RIO DE JANEIRO - Muita gente não sabe -nem precisa saber-, mas, nos primeiros tempos da Revolução de 30, que acabou com a República Velha e iniciou a nova, foi publicado no "Diário Oficial"" um decreto cuja transcendência revelou o ânimo revolucionário daquele movimento.

  • Forte epidemia

    A epidemia de dengue ainda não abalou São Paulo, mas já registrou mais de 93 mil casos no Rio de Janeiro; é um caso epidêmico generalizado, que deveria pressionar o Brasil todo, tamanha a sua extensão.

  • O movimento do MST

    Há muito tempo nós alertamos o Estado, no caso o governo federal, para a audácia do Movimento dos Sem-Terra (MST), que se aproveita da fraqueza governamental para amedrontar lavradores desarmados e invadir próprios do governo em instalações que servem as empresas privadas, estabelecendo o pandemônio no interior do País. Temos o exemplo recente de Pernambuco. Desta vez o MST não reivindica nada, pois a reforma agrária está sendo feita de acordo com o interesse dos lavradores sem terra. Não tem razão, portanto, o MST ao paralisar uma ferrovia e ainda uma das mais importantes mineradoras do Brasil, a Vale do Rio Doce.

  • Discursos dos nós

    A POSSE DO ministro Gilmar Mendes -um dos maiores, mais respeitados e mais cultos juristas do país- na presidência do STF deu oportunidade para que, através dos discursos tradicionais do presidente da OAB, do procurador da República, de saudação do empossado, fosse oferecido um painel de preocupações institucionais da Justiça e do país.