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Artigos

  • As prioridades universitárias já

    O Ministro Fernando Haddad mostrou ao Congresso a sua determinação, na retomada da reforma universitária como uma dimensão crítica da mudança do país. Nenhum projeto foi levado tão a fundo, como exemplo da nova cultura política, na exposição ao debate do ensino de terceiro grau, e nas emendas resultantes do texto agora em apreciação no Legislativo.

  • Zapatero e a grande Europa

    O comparecimento às urnas das eleições espanholas e francesas fortalece a mobilização indiscutível da sociedade civil, pela democracia profunda do nosso tempo. No caso francês, um pleito ainda caracteristicamente municipal mostra que não quer deixar o futuro à simples rotina dos jogos feitos de todo o sempre. Nas cinco mil e seiscentas circunscrições apareceram candidatos independentes, e a necessidade de um segundo turno mostra a mobilização do voto em larga parcela desta ida às urnas.

  • O futuro da política - parte IV

    Os sistemas eleitoral, partidário e de governo são esferas de ação independentes. A experiência empírica comprova, não só em nosso caso, mas nos de outros países que adotam o sistema proporcional, as conseqüências que o professor Maurice Duverger procurou demonstrar no seu livro pioneiro Os partidos políticos: esse sistema favorece a proliferação do espectro partidário, enquanto o sistema majoritário privilegia a sua contenção.

  • O mosquito é nosso

    Na semana passada, segundo queixas de alguns, escrevi com melancolia, ou mesmo amargor, sobre a velhice. Tudo pela busca do melhor para o freguês: fiz o sacrifício de reler o que escrevi, mas não achei nem melancolia nem amargor. Deve ser a idade. E, de qualquer forma, tenho visto manchetes animadoras, como esta que aqui repousa em minha mesa, embora já antiga para jornal. Informa, com letras às quais só faltam umas estrelinhas cintilantes para lhes realçar o brilho orgulhoso, que os governantes (espero estar usando um termo aceitável por eles; se não estiver, por favor mandem me dizer qual devo empregar, que mudo instantaneamente) do Complexo do Alemão, território carioca de jurisdição controvertida, permitiram a visita do governador Pezão e autorizaram a realização de obras públicas no local. Enquanto meus olhos certamente também brilhavam, li ainda que fizeram a gentileza de remover uma das barreiras destinadas a impedir o tráfego de veículos com cujos passageiros os ditos governantes mantenham divergências de natureza comercial.

  • A glória dos nerds

    O Kzuka (KZK) da semana passada fez uma matéria sobre Ramona, a personagem vivida por Marcela Barrozo na novela Duas Caras, uma guria que, diz o texto, dedica-se aos estudos muito mais que seus colegas de classe. Comentário da jornalista Júlia Dócolas: "Foi-se o tempo em que ser estudioso era ser nerd. Os primeiros da turma ganharam espaço e hoje ditam moda". Coincidentemente, a Veja da semana retrasada também trazia uma matéria sobre o assunto, comentando um livro recém-lançado nos Estados Unidos, escrito pelo psicólogo David Anderegg e que se intitula Nerds: Who They Are and Why We Need More of Them (Nerds: Quem São e Por que Precisamos Mais Deles). Aliás, nessa última matéria eu descobri, afinal, o que significa a palavra nerd. É uma alusão aos jovens cientistas que trabalhavam no Northern Electric do Canadá, importante laboratório tecnológico, mais precisamente na divisão de pesquisa e desenvolvimento (research and development). Northern Electric Research and Development: daí veio a sigla.

  • A pior solução

    A moda, agora, é realizar seminários sobre Gestão da Qualidade. Nada contra essa epidemia, mas há questões básicas que precisam ser antes atacadas. Como é o caso do nefando corporativismo, que atrasa a educação brasileira.

  • No Brasil ainda tem gente da minha cor?

    Finalizando o período da exposição de minha coleção africana no Sesc Madureira, "África - Arte do tempo", lançaremos o livro "No Brasil ainda tem gente da minha cor?, de Zora Seljan, no dia 28 de março. Sua primeira edição foi realizada pela Prefeitura da Cidade de Salvador, Bahia, e lançada em julho de 1978, em comemoração aos "90 anos da Abolição" e aos festejos da "Independência da Bahia".

  • Triunfo de nossas cores

    RIO DE JANEIRO - Mais uma vez o mundo se curvou diante do Brasil. Tantas e tamanhas vezes já se curvou que devia estar habituado, mas o Brasil é surpreendente, está sempre aprontando. A bola da vez não é um Santos Dumont, um Ayrton Senna, um Pelé, que em seus respectivos tempos obrigaram o mundo a dobrar a espinha diante de feitos individuais que se transformaram em façanhas coletivas.

  • Crime a metro

    Roubar carnes nobres seria um digno coroamento de sua trajetória; foi o que ele fez: roubou vários quilos de carne

  • O topo da situação

    O prefeito de São Paulo, o senhor Gilberto Kassab, tem feito o prodígio de estudar o problema do trânsito em São Paulo, mas não chega a uma finalidade por ser demasiado complexo esse problema que desafia os técnicos mais capazes do mundo para solucioná-lo.

  • Livro não é merenda

    Em São Paulo, busca-se valorizar o livro por intermédio de projetos como “Um Estado de leitores” e “Ler é preciso”, do Instituto Ecofuturo. Não se pode afirmar que, assim, todos os problemas que cercam o assunto estarão resolvidos, mas é um esforço elogiável. Há experiências bem sucedidas que devem ser compartilhadas com outras unidades da Federação, com vistas a uma possível generalização de políticas públicas que não devem tardar.

  • Caixa-preta da ditadura

    RIO DE JANEIRO - Apareceu mais um cidadão que tomou parte no esquema do regime militar, declarando ter participado da chacina promovida contra os guerrilheiros na região do Araguaia. O ex-soldado está disposto a contar o que sabe. Os episódios ligados à subversão e à repressão continuam como um quebra-cabeça e, embora haja pressão nacional pela liberação dos arquivos relativos àquele período abominável de nossa história, nenhum governo até agora teve coragem de abrir a sua caixa-preta.

  • Avião, tráfego e garoa

    TIVE UM COMPROMISSO de almoço com meu editor em São Paulo para tratar do lançamento de meu próximo livro. Depois, à noite, eu teria que comparecer à formatura das primeiras turmas de administração e direito da Universidade Zumbi dos Palmares, obra do professor José Vicente, a quem a comunidade negra deve um extraordinário serviço.