
Uma história repugnante
Trabalho jornalístico fala sobre o último elo de uma cadeia: o destino final dos fetos
Trabalho jornalístico fala sobre o último elo de uma cadeia: o destino final dos fetos
A discussão da violência não pode ficar no âmbito geral dos desequilíbrios sociais e econômicos das nossas megalópoles. Deparamos um quadro específico do Rio de Janeiro que não só agudiza o problema, mas exige uma consciência carioca, quase que como o das velhas “defesas passivas”, nas situações de calamidade de guerra e bombardeio. A banalidade da morte é o reconhecimento atroz deste estado de fato, que grita por uma cultura da sobrevivência, que ainda não chegou ao nível desta nossa cidadania permanentemente ameaçada.
RIO DE JANEIRO - Almocei nesta semana com Thiago de Mello, irmão, companheiro de cela, ou, como ele prefere me chamar: "companheiro da manhã", embora a nossa manhã já esteja longe, apesar de cada vez mais presente. Sofremos os mesmos espantos e nos trocamos as mesmas consolações.
- Ih, achei que estava chegando cedo e já encontro vocês todos esbravejando e xingando o governo e falando mal de tudo, que coisa!
A gente pensa que padrões de beleza dependem exclusivamente de gostos pessoais, de idiossincrasias. É verdade, mas só em parte. Quando achamos uma mulher bela, não estamos apenas aplicando padrões estéticos pessoais. A cultura também nos influencia, e, antes da cultura, a biologia está presente: coisa hoje muito discutida, mas não são poucos os cientistas defensores da idéia segundo a qual opções pelo sexo oposto dependem da necessidade evolucionista de gerar uma prole com a pessoa mais adequada para vencer a implacável luta pela subsistência.
A corrupção é uma doença nacional. A denúncia, agora, recai sobre alguns prefeitos. Pode ser e pode não ser, mas a corrupção é um vício terrível espalhado. É difícil recolhê-lo e aplicar um antídoto. É o que o governo tem feito com referência cobrada não poucas vezes.
Vai longe o tempo das revistas inglesas sobre o mistério do crime, do qual vingavam as páginas sobre a quem aproveite o crime.
O movimento literário brasileiro de 1922 não foi, evidentemente, provocado só pela atração da moda. Não deixou, contudo, de criar a maior adesão a um novo modo de serem as palavras utilizadas na literatura do País. Há uma corrente de significados que um escritor tem necessidade inadiável de colocar em palavras, e ele compreende, num certo momento, que os formatos até então usados se gastaram de tal maneira que a força de um comunicado não consegue mais passar através deles.
RIO DE JANEIRO - Pelo jeito que as coisas vão, uma antiga piada pode ser ressuscitada: qualquer candidato presidencial que surja nos próximos meses será uma espécie de poste -uma coisa para constar na cédula eleitoral encimada por um nome bastante conhecido.
A economia de água foi grande, mas o odor que se erguia das cidades era qualquer coisa de insuportável
É muito difícil buscar originalidade, no trato das questões vinculadas à vinda da Corte portuguesa para o Brasil, a partir da saída de Lisboa, no dia 27 de novembro de 1807. Tudo (ou quase tudo) foi escrito a respeito, em geral com muita paixão e um sem-número de idiossincrasias contra o príncipe regente.
Por mais que os economistas se virem para encontrar uma resposta, a questão da fome, principalmente nos países do Terceiro Mundo, continua a ser um desafio.
RIO DE JANEIRO - Não é para festejar, antes para lamentar, com aquilo que os parnasianos antigamente chamavam de "todas as veras d'alma".
MUITO SE tem censurado o Supremo Tribunal Federal por estar legislando. Na nossa democracia, cabe ao Judiciário ser não somente o fiscalizador dos outros Poderes mas harmonizar os conflitos que possam romper o equilíbrio institucional.