
O anjo da morte
[2]O anjo da morte voejou nos últimos dias, ferindo-me, com seu bico, a minha sensibilidade. Morreu minha mulher. Foram quarenta anos de vida comum, sem um só atrito, como ocorre com freqüência entre casados depois de algum tempo prolongado. Levou uma das mais queridas amigas, a verdadeira amiga Dulce Simonsen. Desta guardamos a saudade dos fins de semana em sua fazenda no vizinho Jundiaí. Foram tempos inesquecíveis, fidalguia dos anfitriões e pela beleza da propriedade.