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Artigos

  • Asfalto selvagem

    RIO DE JANEIRO - Um filme de John Houston, creio que dos anos 50, tinha no original o título de "Selva do Asfalto". No Brasil, virou "O Segredo das Jóias" e foi, se não me engano, o primeiro filme em que Marilyn Monroe apareceu nos créditos.

  • Socorro tardio à floresta

    Finalmente, o governo tomou a medida que só ele poderia tomar: o da recessão de crédito para fazendas na Amazônia. Debatemo-nos muito em favor da Amazônia, um pulmão ativo para mudar o ambiente do mundo, que vem sendo devastado pelos empreiteiros de obras e de terras.

  • O ano de Machado

    Estamos no ano de centenário da morte de Machado de Assis (1839-1908). O programa de comemorações abrange praticamente todos os setores, de conferências em várias partes da cidade a lançamentos de livros de e sobre Machado, eventos de rua, com teatros municipais apresentando peças de Machado, reedições da obra machadiana.

  • Arco/PE/Tom

    Alegrou muito aos pais de Marcantonio, seja na condição de simplesmente pernambucanos, seja na de cultivadores das seduções da arte contemporânea, o brilho da presença de nossa terra na ARCO.

  • O futuro da política - parte II

    A reforma política que interessa ao país transcende o universo de normas jurídicas, disposições legais e atos normativos que regulam os pleitos do segundo maior colégio eleitoral do mundo ocidental. Ela deve ser bem mais abrangente. Refiro-me, em especial, às instituições políticas, ao relacionamento entre os poderes do Estado, à organização federativa e, sobretudo, às práticas que constituem a nossa cultura política - velha de quinhentos anos - desde que aqui aportaram as estruturas do poder colonial, sob o qual vivemos por mais de três desses cinco séculos.

  • Transparência lá e cá

    RIO DE JANEIRO - Parece filme de Woody Allen, mas não é. Tampouco tenho certeza se foi um sonho absurdo, como costumam ser os sonhos, mas que sempre servem para alguma coisa. No meu caso pessoal, já cheguei ao exagero de escrever dois romances a partir de sonhos que tenho mesmo sem estar dormindo. Nada demais que agora escreva uma crônica que me dá menos trabalho e, tal como os romances, nenhuma glória.

  • Chávez não deve ser levado a sério

    Condenada pela invasão, Colômbia acusa Chávez . Esse é o título de capa da edição de ontem do jornal O Estado de S. Paulo. Essa inquietação de Hugo Chávez não deve ser levada muito a sério, pois a OEA está ativa, já se reuniu em sessão de emergência para golpear o nó usado pelo presidente Hugo Chávez de ser o mandante da crise militar, que não fica muito longe da regra geral na América Latina, onde estávamos estranhando não ter, há muito tempo, a coceira revolucionária que contamina vários países.

  • Obama e a tragédia americana

    O vagalhão de surpresas pré-eleitorais americanas é de um ativo histórico inaudito da democracia.  O interesse de sair de casa para os “cáucus” renova a confiança ancestral nas instituições e na quebra, pelo voto, da inércia dos situacionismos políticos. É a primeira vez, em mais de século, que a ida às urnas será de mais de metade do eleitorado. E esses 10 ou 15% do novo afluxo não obedecerão às opções prévias e sabidas de um bipartidismo tradicional da vida política americana. O oportunismo de um Ralph Nader, por exemplo, a esta altura, é o de pescador em águas turvas da surpresa, como um candidato independente. E em vão diante destas condições absolutamente impensáveis, ainda a um trimestre da chegada de Obama à Presidência da República. Mal começa o país a experimentar a violência emocional desta “terça crucial”, capaz de chegar à tragédia que volta a rondar o inconsciente coletivo dos Estados Unidos.

  • A revisão da educação

    Em boa hora, autoridades do Ministério da Educação estão empenhadas em ouvir a sociedade a respeito do que se pretende, em termos de reforma educacional.  Está em  jogo o futuro da Lei nº 9.394/96.  Como em geral  acontece, dez anos foram suficientes para envelhecer os seus  postulados.  Exige-se uma dramática  revisão.

  • O Estado laico

    RIO DE JANEIRO - Como as bolsas das senhoras e o comprimento das saias, há palavras que entram e saem de moda nos discursos de autoridades e nos textos da mídia. A onda agora deu relevância à transparência, à ética, aos valores republicanos e ao Estado laico.

  • Ousadia e calma

    Certa vez, Zilu perguntou ao mestre Confúcio: “Quando poderei colocar em prática tudo aquilo que aprendi aqui?”. “Tenha calma, ainda estou lhe ensinando. Mas por que tanta pressa? Você precisa aprender a esperar a hora certa”. Em seguida, Gongchi fez a mesma pergunta para o mestre. Curiosamente, Confúcio respondeu: “Imediatamente”. “Mestre, eu acho que o senhor não age com justiça”, disse Zilu. “Gongchi sabe tanto quanto eu e o senhor o mandou agir”. “Um bom pai conhece seus filhos. Ele freia o ousado demais e empurra o de menos”.

  • O Estado brasileiro

    Se a própria modernidade é constituída de crises, nenhuma é maior do que a que advém do tamanho do estado brasileiro, que é o de um elefante branco que tem extrema dificuldade de caminhar, apesar de toda a propaganda oficial. E quando maior, mais burocracia, mais corrupção e menos qualidade de serviço à população. Já não basta o grande número de ministérios que servem aos partidos do governo em sua insaciabilidade, há desmedidamente uma confusão entre jurisdição de poderes que não se somam.

  • As nuvens se afastam

    O CONFLITO entre guerrilheiros das Farc e forças colombianas em território do Equador volta ao leito sensato da diplomacia, com rescaldos de retórica.

  • Depois da Obamomania

    Os resultados da “terça-feira crítica” foram mais longe ainda, na maré de mudança que anima a opinião pública americana para as eleições de novembro próximo. O confronto Obama-Hillary jogou para o fundo do cenário o outro resultado, batendo o martelo arqui-previsto de McCain como o candidato republicano. Os jogos feitos desse lado aceleram a vontade de derrubada do sistema implantado no Salão Oval. Mas, para valer e é isso que não deixou dúvidas no discurso de terça-feira última, Obama, diante da rival, remaquiada, para ir adiante. Não se está mais na fatuidade do mero querer mudar, que marcou a Obamomania original, a ficar na forra do imaginário americano.